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Agenda apreendida aponta pagamento a Agnelo

DE BRASÍLIA

Uma investigação da Polícia Civil de Minas Gerais apreendeu uma agenda com registros de contabilidade de um laboratório que apontariam supostos pagamentos ao atual governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, na época em que ele era diretor da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

A informação foi publicada pelo jornal "O Estado de S. Paulo".

Na agenda apreendida pela Operação Panaceia, há a anotação, para o dia 24 de maio de 2010, de "Agnelo", ao lado de "50.000". No dia 30, mais um registro: "Agnelo: 50", afirma o texto.

Enquanto foi diretor da Anvisa, de 2007 a 2010, Agnelo assinou ao menos oito resoluções que beneficiaram o grupo empresarial do mesmo laboratório cuja agenda foi apreendida, de acordo com a reportagem.

Segundo nota do porta-voz do governador, Ugo Braga, Agnelo "assinou [as resoluções] porque esta era a área de sua incumbência, muito embora ele não lembre desta empresa especificamente, nem de seus sócios".

O governador nega que tenha recebido pagamentos.

Agnelo afirmou, por meio do porta-voz, que a emissão dos certificados de funcionamento, assinados por ele, é precedida de inspeções feitas pelas vigilâncias sanitárias estaduais. Os relatórios são checados pela área técnica da Anvisa e homologados pelo diretor da área.

"Não há caso em que o diretor assinou contrariamente à recomendação técnica. Se é assim, como falar em pagamento pela assinatura do certificado?", disse o porta-voz.

Ele também condenou o procedimento da Polícia Civil, que teria "vazado um trecho obscuro de uma investigação antes mesmo de remetê-lo ao Ministério Público".

O Ministério Público de Minas disse que ainda não recebeu o resultado da investigação da Polícia Civil.

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