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Oposição vence eleição para procurador-geral

Felipe Locke foi o mais votado; candidato do atual chefe do Ministério Público do Estado de SP ficou em 2º lugar

Lista tríplice será encaminhada para o governador, que pode escolher qualquer um dos indicados

FLÁVIO FERREIRA
DE SÃO PAULO

O procurador de Justiça e candidato de oposição Felipe Locke Cavalcanti venceu a eleição para o cargo de procurador-geral de Justiça, o chefe do Ministério Público do Estado de São Paulo.

Locke obteve 894 votos e superou o candidato da situação, o procurador de Justiça Márcio Elias Rosa, que foi votado por 838 eleitores.

O procurador de Justiça Mário Papaterra Limongi, também da oposição, conseguiu 445 votos no pleito.

A posse de Locke no cargo ainda depende da aprovação do governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB).

De acordo com a legislação, o Ministério Público deve encaminhar ao governador uma lista com três candidatos para o posto de procurador-geral de Justiça.

O chefe do Executivo estadual pode escolher qualquer um dos nomes da lista tríplice. Tradicionalmente, o governador indica para o cargo o mais votado na eleição interna, em respeito à vontade da maioria dos integrantes do Ministério Público.

Segundo a assessoria da instituição, a relação com os três candidatos e o resultado da eleição seriam enviados ainda ontem para Alckmin.

O governador tem o prazo de 15 dias, a partir do recebimento da lista tríplice, para definir quem vai comandar o Ministério Público paulista.

A última vez em que o mais votado não foi o escolhido foi em 1996, na gestão de Mário Covas (PSDB).

INDEPENDENTE

Locke apresentou-se na campanha como candidato de oposição, "independente" em relação aos grupos do atual procurador-geral, Fernando Grella, e dos antecessores dele, liderado pelo ex-procurador-geral e ex-secretário de Justiça Luiz Antonio Marrey.

"Lutamos contra duas forças tradicionais e fizemos uma campanha de altíssimo nível. Agora vamos aguardar com serenidade a escolha do governador", disse Locke ontem, após a apuração.

A candidatura de Locke foi apresentada após ele ter exercido dois mandatos como representante da classe no CNJ (Conselho Nacional de Justiça) em Brasília.

Com 47 anos de idade e desde 1988 no Ministério Público, Locke teve como propostas de campanha a desburocratização das atividades dos promotores, a melhora da estrutura física e de pessoal na instituição e a reestruturação da carreira.

O mandato do procurador-geral de Justiça é de dois anos, com a possibilidade de uma reeleição. Fernando Grella deixará o cargo após chefiar por duas gestões.

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