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Protesto em SP vira palanque contra pacote

MARIANA CARNEIRO
AGNALDO BRITO
DE SÃO PAULO

Um dia depois de a presidente Dilma Rousseff anunciar o pacote para a indústria, centrais sindicais e entidades patronais, reunidas em São Paulo, acusaram o governo de adotar medidas tímidas para estancar o processo de desindustrialização do país.

Patrocinado pela Fiesp, associações empresariais e seis centrais sindicais, o evento reuniu cerca de 10 mil pessoas na Assembleia Legislativa.

O objetivo era chamar a atenção para a crise do setor. Mas industriais e trabalhadores aproveitaram para criticar o pacote recém-lançado.

"Estão trabalhando nos efeitos e não na causa do problema", afirmou Paulo Skaf, presidente da Fiesp.

Para ele, o foco de ação do governo deve ser o real valorizado, os juros elevados, o alto preço da energia elétrica e a guerra fiscal travada entre os Estados, que beneficia os produtos importados.

Presidente da Força Sindical, o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, disse que a desoneração da folha de 11 setores industriais é pouco.

Na sua avaliação, o governo ouviu os pedidos dos setores "que mais pressionam". "Foi um plano feito nas coxas, feito na madrugada", afirmou ele.

Numa aparente defesa do governo federal, o presidente da CUT, Artur Henrique, disse que o programa Brasil Maior deve ser replicado por Estados e municípios.

"Governos estaduais podem baixar o ICMS e oferecer crédito a empresas", disse.

A plateia do "Grito de Alerta" era formada principalmente por militantes e trabalhadores levados em ônibus fretados pelos organizadores.

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