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Eleições 2012

Ministros do PT vão atuar na eleição em SP

Partido definirá um calendário de visitas para emprestar um pouco da popularidade do governo a Fernando Haddad

O ministro Gilberto Carvalho diz que todo o PT terá de "usar muito a sola do sapato" para ajudar na campanha

NATUZA NERY
CATIA SEABRA
MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA

Ministros do PT traçaram nesta semana uma estratégia de participação na disputa eleitoral de outubro, especialmente em São Paulo.

O partido fixará um calendário para assegurar a presença dos ministros em palanques e apresentará sugestões de atividades para a presidente Dilma Rousseff.

A operação começará por São Paulo. Para emprestar um pouco da popularidade do governo federal ao pré-candidato Fernando Haddad, os ministros intensificarão agenda já neste mês.

Eles participarão de encontros temáticos promovidos aos sábados pela coordenação de campanha de Haddad.

Para abril, está prevista a ida do ministro Alexandre Padilha (Saúde) e uma reunião com representantes do governo na área da cultura.

O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) disse ontem que todo o PT terá que "usar muito a sola do sapato" para ajudar na campanha.

A frase faz referência a uma declaração da senadora e ex-prefeita Marta Suplicy, preterida na corrida em São Paulo. Ela afirmou, na semana passada, em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo", que Haddad deveria "gastar a sola do sapato".

O primeiro grande ato deverá acontecer na cidade de São Bernardo do Campo (SP), onde a inauguração de um Centro de Educação Unificada em homenagem à dona Reginita, mãe da ex-primeira-dama Marisa Letícia, deverá reunir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro Aloizio Mercadante (Educação) e Marta.

A ofensiva atende à recomendação de Lula para que as estrelas do partido "suem a camisa" para produzir uma pauta positiva para Haddad.

Segundo petistas, a presidente Dilma também promete atuar, ainda que de forma discreta, na campanha petista. Mas recomenda cautela com o pré-candidato do PMDB, Gabriel Chalita.

Reunidos na noite de segunda-feira, os ministros foram orientados sobre as regras para atuação: só ir para a rua fora do horário de trabalho, não usar estrutura do governo e não melindrar aliados nos palanques delicados.

A ordem é não criar problema para Dilma no pós-eleição, evitando tumultuar a base no Congresso Nacional com uma lista de magoados.

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