Chefe de gabinete de Agnelo deixa cargo no DF

O chefe de gabinete do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), decidiu na noite de ontem deixar o cargo. Citado na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, Cláudio Monteiro disse que tomou a decisão para "não expor" o governo.

Monteiro afirmou ainda que caberá ao governador definir se será apenas um afastamento temporário ou uma exoneração do cargo. "Farei o que for melhor para o governo. Quero sair para me defender também."

Ele disse também que vai se afastar do comando da secretaria-executiva do governo do DF que cuida da Copa do Mundo em Brasília. Monteiro informou que abrirá seus sigilos fiscal e bancário.

A decisão foi tomada depois de o "Jornal Nacional" revelar ontem gravações em que duas pessoas discutem suposto pagamento de propina a Monteiro relacionado a contratos do governo do DF.

O diálogo é do ano passado entre o o sargento aposentado da Aeronáutica Idalberto Matias, o Dadá, e Cláudio Abreu, então diretor da Delta Construções.

Ambos foram investigados pela operação da PF, que desmontou um esquema de jogos ilegais comandados, segundo a polícia, pelo empresário Carlinhos Cachoeira.

No dia 16 de março, a Folha revelou que, de acordo com a investigação da PF, Monteiro recebeu um telefone especial, antigrampo, de Carlinhos Cachoeira.

O jornal mostrou também que gravação de março de 2011 mostra Dadá informando Cachoeira que foi marcada reunião com Cláudio Monteiro. Monteiro diz que não se encontrou com Dadá na data, mas em outras ocasiões.