Índice geral Poder
Poder
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Para polícia, grupo de Cachoeira era informado por promotores

DE BRASÍLIA

Interceptações telefônicas da Polícia Federal revelam que o grupo de Carlinhos Cachoeira extraía informações do Ministério Público contidas em investigações sobre irregularidades no governo de Agnelo Queiroz (PT-DF).

Segundo gravações, o terceiro-sargento da reserva do Cisa (Centro de Informações e Segurança da Aeronáutica) Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, dizia ter obtido informações com pelo menos dois promotores de Justiça do DF.

Numa gravação, Dadá diz a um dos auxiliares do então chefe de gabinete de Agnelo, Cláudio Monteiro, que os promotores de Justiça queriam "dar uns toques" a Monteiro, de forma "a neutralizar" possíveis irregularidades.

Dadá disse a Marcello Lopes -uma "ponte" entre eles e Monteiro, de acordo com o grupo- que os promotores estavam tentando conversar com o chefe de gabinete sem sucesso.

Segundo o militar, era uma tentativa de fazer uma advertência: "Tem um negócio de governo aí que os caras tão vacilando. [O promotor teria dito]: 'Eu queria dar uns toques neles para eles neutralizar'". Segundo Dadá, o promotor "fala que não tem simpatia" por nenhum partido.

O chefe da inteligência do Ministério Público, Wilton Queiroz de Lima, confirma que funcionários do órgão mantinham contato com Dadá, que era considerado um informante de "boa qualidade". Diz também que jamais se reuniu com Dadá.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.