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Cachoeiragate / Defesa

Demóstenes afirma que PF adulterou as gravações

Em sua defesa, senador pede que Conselho de Ética arquive processo

Congressista admite ter usado táxi aéreo, mas nega ter pedido dinheiro a Cachoeira para pagar o avião

GABRIELA GUERREIRO
DE BRASÍLIA

Em defesa enviada ontem ao Conselho de Ética do Senado, o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) pede o arquivamento do processo a que responde no órgão.

Ele argumenta que a Polícia Federal adulterou áudios de escutas telefônicas das operações que flagraram sua ligação com o empresário Carlinhos Cachoeira.

A defesa do senador contratou perito para analisar os áudios da PF e questiona uma conversa entre Demóstenes e Cachoeira, de junho de 2009, quando o senador teria pedido R$ 3.000 ao empresário para pagar um táxi aéreo.

Relatório da PF diz que ela durou um tempo maior do que o do aúdio citado.

"Houve manipulação, algo foi retirado ou foi colocado", disse Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, advogado de Demóstenes.

A defesa admite o uso de aeronaves, mas nega que o senador tenha negociado o valor com o empresário.

No documento, Demóstenes rebate os cinco pontos que fundamentaram a representação do PSOL encaminhada ao Conselho de Ética.

Ele confirma que recebeu de Cachoeira um fogão e uma geladeira, mas nega que isso tenha qualquer relação com os negócios do empresário.

Ele diz ainda que ganhou um telefone antigrampo de Cachoeira, mas nega que usou o aparelho para falar só com empresário.

A defesa afirma ainda que a representação do PSOL tem como base notícias de jornais, baseadas em áudios flagrados ilegalmente pela Polícia Federal, e por isso devem ser descartadas.

Kakay mantém a tese de que os áudios foram ilegais, uma vez que o inquérito contra Demóstenes deveria tramitar no STF (Supremo Tribunal Federal), no qual ele tem foro privilegiado.

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