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Cachoeiragate / Investigação PF vai liberar informações para a CPI, diz ministro Cardozo rebate defesa de investigados que tenta desqualificar a apuração Segundo ministro, foro privilegiado não pode ser interpretado como privilégio e polícia agiu de acordo com a lei MÁRCIO FALCÃODE BRASÍLIA O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) afirmou ontem que informações apuradas pela Polícia Federal serão liberadas para a CPI que investiga a relação do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com políticos e agentes privados. Cardozo rebateu a linha de defesa dos alvos da apuração que tenta desqualificar e anular as provas da Polícia Federal, por conta de foro privilegiado que alguns possuem ou de reclamações sobre os métodos usados para as interceptações telefônicas. Para o ministro, suspender a investigação representaria o aumento da impunidade. "Não se pode interpretar garantia [foro privilegiado] como privilégio", justificou. Cardozo também defendeu a atuação da PF, classificando a Operação Monte Carlo, que coibiu a atuação de Cachoeira, como séria. "Tenho convicção que a PF agiu no estrito cumprimento da lei." Segundo Cardozo, os agentes da Polícia Federal que são suspeitos de envolvimento com o esquema estão sendo investigados e serão demitidos se forem comprovadas as acusações. Ele afirmou ainda que a orientação do governo é para investigar todos os suspeitos, sem levar em consideração a ligação partidária. O ministro evitou comentar possíveis convocações da CPI, como a do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, mas assegurou que o material requisitado por deputados e senadores será encaminhado. "Eu disponibilizarei as informações que tenho para a CPI fazer um bom trabalho." Cardozo não quis comentar a Operação Saint Michel da Polícia Civil do DF que prendeu ontem Claudio Abreu, ex-diretor da construtora Delta. Ele disse apenas que as prisões seguem decisões judiciais. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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