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BC sinaliza que juros podem ter novos cortes

Segundo estudos, mudança na poupança apenas será necessária com taxa de 8,5%

MAELI PRADO
VALDO CRUZ
SHEILA D’AMORIM
DE BRASÍLIA

Com estudos bastante adiantados sobre mudanças na remuneração da caderneta de poupança, o governo acredita que ganhou um pouco mais de tempo para discutir o assunto.

Ontem, o Banco Central sinalizou que deverá continuar reduzindo a Selic, os juros referência para economia. Os diretores afirmaram na ata da reunião do Comitê de Política Monetária, porém, que, apesar de a economia estar se recuperando de forma mais lenta que o esperado, eventuais cortes devem ser realizados com "parcimônia".

A Selic está em 9% ao ano. Para analistas, "parcimônia" pode ser traduzida em 0,25 ponto percentual de queda. Outros acreditam que qualquer corte abaixo do que 0,75 ponto percentual pode ser considerado uma redução moderada.

Enquanto isso, a equipe econômica finaliza as propostas sobre mudanças nas regras de remuneração da poupança que serão apresentadas à presidente Dilma. A avaliação técnica é a de que o governo pode esperar até que os juros do BC cheguem a 8,5% antes de enviar uma proposta ao Congresso.

Hoje, por lei, as cadernetas são remuneradas com juros de 6% ao ano mais a variação da TR (Taxa Referencial), o que faz com que esse seja um piso para os juros no país.

Nos cálculos da equipe econômica, se a Selic cair para 8% ao ano, os fundos de investimentos, grandes compradores de títulos públicos, perdem a atratividade como aplicação financeira e a poupança, que não paga Imposto de Renda, torna-se aplicação mais vantajosa.

A sinalização da ata do Copom reforçou as apostas de baixa no mercado de juros futuros. A taxa negociada para janeiro de 2013 fechou em 8,3% ontem.

Colaborou MARIANA CARNEIRO, em Brasília

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