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Governo quer votar até julho novas regras da poupança

Mudanças editadas ontem perdem efeito se Congresso não aprová-las

Calendário de votação da Câmara, no entanto, pode dificultar análise; oposição discute ir à TV contra as alterações

MÁRCIO FALCÃO
GABRIELA GUERREIRO
DE BRASÍLIA

A medida provisória (MP) que muda a rentabilidade da caderneta de poupança pode ser votada no Congresso antes do recesso parlamentar de julho, segundo expectativa de líderes governistas.

A pauta de votação da Câmara, no entanto, pode dificultar o calendário. A partir de segunda-feira, oito MPs trancam as votações na Câmara e terão prioridade em relação à da poupança.

Líder do governo, o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) disse que vai pedir que representantes do Ministério da Fazenda esclareçam os líderes sobre o novo sistema. Ele está reunindo dados para distribuir à base mostrando as vantagens da proposta.

Entre os partidos aliados -que são maioria na Câmara e no Senado- o governo vai encontrar um cenário favorável ao texto, a julgar pelas primeiras reações às mudanças.

Na oposição, o clima é de resistência. O PPS vai discutir na terça se lança propaganda no rádio e na televisão contra as medidas. Em 2009, quando o ex-presidente Lula sinalizou mudanças na caderneta, o partido emplacou uma campanha contra o governo.

O PSDB ainda não se decidiu, mas o instituto de formação do partido afirmou que o governo escolheu alterar a poupança porque não teve coragem de mexer com tributos e ganhos de bancos.

Para os oposicionistas, a medida penaliza os mais pobres. "Os investidores de poupança são os que menos têm recursos no país", disse o líder do PSDB na Câmara, Bruno Araújo (PE).

O presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), afirmou que o governo impôs a medida para baixar os juros sem mexer na estrutura financeira do país. "O que é feito sem uma preparação estrutural tende a falhar."

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