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Indústria de SP cai 6,2% no 1º trimestre

Foi o pior resultado para o período desde 2009, quando o Brasil sentia o impacto da crise financeira mundial

Baixa produção de veículos, remédios, telefonia e eletrônicos pesou no índice, divulgado pelo IBGE

VENCESLAU BORLINA FILHO
DO RIO

A produção industrial do Estado de São Paulo, principal parque fabril do país, teve queda de 6,2% no primeiro trimestre deste ano. Foi o pior resultado para o período desde 2009, quando o Brasil sentiu os efeitos da crise financeira estourada nos EUA.

A baixa produção de veículos, medicamentos, equipamentos eletrônicos e de telefonia, e materiais elétricos foi o que mais pesou para o resultado, segundo pesquisa mensal divulgada ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A queda provocou o declínio de 3% na produção industrial nacional no trimestre, com contribuições menores dos Estados de Santa Catarina (-6%), Rio de Janeiro e Espírito Santo (-2,4%), região Nordeste (-1,4%), Minas Gerais (-0,7%) e Bahia (-0,7%).

De acordo com o economista Fernando Abritta, do IBGE, o recuo na produção industrial paulista vem acontecendo desde os dois últimos trimestres de 2011. "Das 20 atividades pesquisadas, 14 delas apresentaram recuo na produção no trimestre."

O governo federal já reconheceu a desaceleração na produção, tomou algumas medidas e pode avançar ainda mais. Entre as ações, estão o acesso a financiamentos bancários com juros menores e a redução dos custos da folha de pagamento.

O presidente da Anfavea (associação dos fabricantes de veículos), Cledorvino Belini, disse nesta semana que as medidas serão suficientes para retomar as vendas de veículos. Em abril, os estoques atingiram o maior nível desde novembro de 2008.

Já o presidente da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), Humberto Barbato, disse que as medidas não asseguram a atividade plena da indústria. Para ele, falta uma reforma tributária que desonere e dê competitividade à indústria.

O vice-presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), João Carlos Ferraz, disse ontem que ainda não foram definidas novas reduções de juros para os financiamentos do banco. "Esperamos as empresas para as reduções já feitas", disse.

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