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Dilma anuncia pacote para tirar 6,5 milhões de pessoas da miséria

Objetivo é beneficiar atendidos pelo Bolsa Família cuja renda doméstica ainda não atinge R$ 70 por pessoa

Brasil Carinhoso terá foco nas regiões Norte e Nordeste; governo nega relação de plano com eleição municipal

FLÁVIA FOREQUE
KELLY MATOS
DE BRASÍLIA

A presidente Dilma Rousseff anunciou ontem um pacote que, neste ano, promete retirar 6,48 milhões de brasileiros da situação de miséria.

O universo corresponde a cerca de 40% das pessoas abaixo da linha da pobreza extrema, segundo o IBGE.

Esses brasileiros já são beneficiários do programa Bolsa Família, mas não conseguem atingir uma renda mensal de R$ 70 por pessoa, linha oficial da extrema pobreza.

Por meio de uma expansão do programa, o governo quer complementar a renda para que a família consiga atingir esse mínimo. Acabar com a pobreza extrema é uma das promessas do governo Dilma.

Só terão direito à verba extra as famílias com crianças de até seis anos de idade.

O valor adicional será repassado a partir de junho, ao custo anual de R$ 2,1 bilhões.

Em discurso, Dilma disse que jamais vai aceitar a divisão entre "um país rico, com futuro", e "um país frágil, pobre, sem esperança".

A maior parte dos beneficiários está nas regiões Norte e Nordeste. O governo nega relação entre o lançamento do plano e as eleições.

Batizado de Brasil Carinhoso, o programa prevê investimentos de R$ 10 bilhões até 2014 e inclui ações na saúde e na educação.

O Ministério da Saúde vai reforçar a distribuição de suplemento de ferro e vitamina A em unidades de saúde, além de garantir entrega gratuita de remédios para asma.

O governo quer ainda acelerar a construção de creches, outra promessa de campanha de Dilma. Ontem, o Ministério da Educação assinou termo de compromisso com prefeituras para a construção de 1.512 creches e pré-escolas.

O compromisso da presidente foi entregar 6.427 creches até 2014, mas, de acordo com a pasta, nenhuma foi entregue ainda. O governo quer aumentar as vagas em creches para inscritos no Bolsa Família. Para isso, aumentará o repasse do Fundeb.

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