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Empresários se dividem sobre perspectiva de futuro da economia

DE BRASÍLIA

Em debate realizado ontem, dois dos mais importantes executivos brasileiros adotaram tons distintos para analisar as perspectivas da economia brasileira diante da crise global.

André Esteves, do BTG Pactual, maior banco de investimento do país, se declarou otimista, a despeito das turbulências financeiras e da queda dos preços das commodities -os produtos agrícolas e minerais de exportação que foram motores do crescimento da renda nacional nos últimos anos.

"Ainda que as commodities sejam uma parte muito importante da nossa economia, a real história do Brasil é a sua transformação em um país de classe média", disse Esteves, em seminário promovido pelo jornal britânico "Financial Times".

Essa transformação, argumentou, ainda está em etapa inicial e, embora afetada pela crise, é estrutural e não será revertida.

Presidente mundial da Bunge, empresa de alimentos, Alberto Weisser demonstrou muito menos entusiasmo. "Estou preocupado, porque o Brasil está ficando cada vez menos competitivo."

Para ele, o fim do boom dos preços das commodities deixará de impulsionar o crescimento do país, que enfrenta obstáculos como alta carga tributária, burocracia e deficiências de infraestrutura.

Esteves e Weisser ganharam o prêmio de "Personalidade do Ano" da Câmara de Comércio Brasil-EUA.

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