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Cresce risco de Grécia deixar a zona do euro

RODRIGO RUSSO
DE LONDRES

O risco de a Grécia deixar a zona do euro vem aumentando à medida que continua a indefinição sobre o próximo governo do país. O assunto já começa a ser discutido por ministros das Finanças da região, que se reuniram ontem em Bruxelas.

Nove dias após as eleições parlamentares, o país segue sem acordo para a formação de coalizão e possivelmente terá novas eleições em junho.

Por conta disso, as Bolsas europeias começaram a semana em queda. Em Londres, o FTSE registrou baixa de 1,97%; em Madri, a redução do Ibex foi de 2,66%; em Paris, o CAC teve queda de 2,29%; o DAX, de Frankfurt, caiu 1,94%.

Os títulos da dívida de economias ameaçadas pela crise na Europa, como Espanha e Itália, foram negociados com nova alta nos juros.

As moedas também foram influenciadas pelo cenário europeu: o iene e o euro se desvalorizaram ontem em relação ao dólar.

O ministro das Finanças de Luxemburgo, Luc Frieden, afirmou à revista alemã "Der Spiegel" que "os riscos de contágio não são mais tão grandes quanto eram há alguns meses" em caso de a Grécia ser forçada a deixar o euro.

Após a reunião do eurogrupo (composto por ministros de Finanças da zona do euro), seu presidente, Jean-Claude Juncker, disse que a União Europeia "fará todo o possível para que a Grécia permaneça na zona do euro".

O presidente grego, Karolos Papoulias, tem até quinta para que seus esforços pela formação de um governo de coalizão para o país se concretizem, mas a hipótese é pouco provável, já que o Syriza (Coalizão da Esquerda Radical), segundo partido mais votado, se recusa a participar de um governo que siga com o plano de resgate.

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