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Câmara de SP aprova cessão de terreno ao Instituto Lula Área oferecida a petista por Kassab é avaliada em cerca de R$ 20 milhões Museu exibirá acervo acumulado por Lula na Presidência; tucano diz que entrega de área sem licitação é ilegal DE SÃO PAULOA Câmara Municipal de São Paulo aprovou ontem o projeto do prefeito Gilberto Kassab (PSD) que cede ao Instituto Lula um terreno na região central avaliado em cerca de R$ 20 milhões. A área de 4,3 mil m² fica na atual cracolândia e deve receber o Memorial da Democracia, museu que exibirá o acervo acumulado pelo petista na Presidência. O instituto terá 99 anos para administrar o terreno sem ônus. Segundo a assessoria de Lula, o memorial será "suprapartidário" e também lembrará a atuação de movimentos políticos e sociais. A proposta já havia sido aprovada em primeira votação em 18 de abril, e agora segue para sanção de Kassab. Ontem, o texto recebeu 37 votos a favor e 8 contra, com uma abstenção. Apesar do placar folgado, a discussão se estendeu por quatro horas. O líder do PSDB, Floriano Pesaro, disse ser ilegal a entrega de um imóvel público a uma entidade ligada a um político seria ilegal. Ele afirmou que o Instituto Lula não tem legitimidade para erguer um museu sobre a redemocratização do país, que teve a contribuição de líderes de outros partidos. O líder do PC do B, Jamil Murad, defendeu a aprovação do projeto e disse que o museu de Lula não terá o monopólio da história. "Outras instituições podem ser estimuladas também a contar, completar a história. Nós não estamos votando que esse será o único memorial da democracia." Kassab ofereceu o terreno a Lula no início do ano, quando ensaiava apoiar o pré-candidato do PT a prefeito, Fernando Haddad. Ele recuou para se aliar a José Serra (PSDB), mas orientou sua base a aprovar o texto para não descumprir a promessa. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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