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Cachoeiragate O texto abaixo contém um Erramos, clique aqui para conferir a correção na versão eletrônica da Folha de S.Paulo JBS faz lobby para preservar contratos da Delta na União Empresário já se reuniu com Michel Temer, ministros e governadores Joesley Batista também procurou as centrais sindicais; Força cogita fazer manifestações em defesa dos empregos NATUZA NERYCATIA SEABRA DE BRASÍLIA O empresário Joesley Batista, do grupo JBS-Friboi, está fazendo um périplo por Brasília em busca de apoio à aquisição da empreiteira Delta, alvo do escândalo investigado pela CPI do Cachoeira. O objetivo de Batista é sensibilizar o Palácio do Planalto e evitar que a empreiteira seja declarada inidônea, possível resultado de um processo aberto pela Controladoria-Geral da União após suspeitas do envolvimento da empresa com o grupo do empresário Carlinhos Cachoeira. Com isso a Delta não poderia contratar com o governo nem receber aditivos de obras federais já iniciadas. Para o Executivo, esse risco é real. Após ter recebido recados da presidente Dilma Rousseff negando apoio do governo à aquisição da Delta, empresa que mais recebeu verbas federais desde 2007, Batista passou a operar nos bastidores. Nos últimos dias, ele se reuniu com ministros, integrantes da CPI e com o vice-presidente, Michel Temer. Joesley também procurou governadores -com quem a empresa fez contratos- e centrais sindicais alegando que a inviabilização da Delta implicaria a demissão de mais de 30 mil funcionários. Algumas centrais, sobretudo a Força Sindical, cogitam fazer manifestações em apoio à manutenção dos empregos. Nas conversas com interlocutores de Dilma, o empresário reitera, com uma cópia em mãos do contrato de opção de compra da Delta, que ainda não comprou a empresa e que só fechará definitivamente a operação se a empreiteira for financeiramente viável. Ao vice-presidente e a ministros, entre eles José Eduardo Cardozo (Justiça) e Fernando Pimentel (Desenvolvimento), Batista tem dito também que as declarações de seu irmão, José Batista Júnior, foram uma "infelicidade". Em entrevista à Folha, Júnior afirmou que "era conversa de bêbado dizer que o governo não tinha conhecimento da operação [de compra]". Segundo relatos, essa frase deixou Dilma furiosa. A interlocutores, ela disse jamais ter sido procurada pelo empresário para tratar do caso. Apesar do esforço de pacificação, o Planalto desaprovou o assédio de Batista a integrantes de sua equipe. Joesley diz que sua pauta nos ministérios vai além da Delta e rechaçou qualquer hipótese de confronto com o governo: "Não vamos brigar com o governo. Jamais. Ninguém pode brigar com cliente". Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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