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Mantega convida vice do BB para comandar a Previ

Dan Conrado, da área de Varejo do banco, substituirá Ricardo Flores na presidência do fundo

Troca na cúpula do maior fundo de pensão da América Latina foi uma exigência da presidente Dilma

ANDREZA MATAIS
NATUZA NERY
DE BRASÍLIA

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, convidou Dan Conrado, vice-presidente de Varejo do Banco do Brasil, para a presidência da Previ no lugar de Ricardo Flores.

A troca no comando no maior fundo de pensão da América Latina, mantido pelos funcionário do BB e que administra ativos de R$ 150 bilhões, foi exigida pela presidente Dilma Rousseff e será efetivada hoje.

O futuro presidente da Previ é ligado a Aldemir Bendine, presidente do BB, e tido como nome técnico.

Foi na gestão do atual presidente que ele ascendeu a cargos de comando na instituição.

Foi ele quem unificou a rede do banco Nossa Caixa com a do BB. A Folha apurou que o ministro da Fazenda recomendou a ele uma atuação técnica e discreta.

A saída de Flores ocorre após suspeita de ele ter simulado um empréstimo para justificar dinheiro usado na compra de um imóvel.

INVESTIGAÇÃO

O caso, revelado pela Folha, levou à abertura de uma investigação contra Flores no conselho da Previ, ainda não concluída.

O Ministério Público Federal do Distrito Federal também apura o caso.

A situação dele se agravou no início do mês quando o conselho diretor do BB recomendou, por conta do empréstimo suspeito, a destituição de Flores "em face de grave infração de natureza ética e ainda pela absoluta falta de confiança junto aos órgãos diretivos do patrocinador [o Banco do Brasil]."

O documento foi aprovado pelos nove vice-presidentes do banco no início de maio.

Conforme interlocutores, a presidente Dilma não gostou também de saber que Flores buscara apoio do PMDB para continuar no cargo, por meio dos senadores Renan Calheiros (AL) e José Sarney (AP).

Ela pediu sua destituição imediatamente.

Flores, contudo, deverá ser contemplado com outra função federal.

Ou o comando da Brasilprev, subsidiária do BB, ou da Invepar, empresa controlada por fundos de pensão, inclusive a Previ, e pela OAS.

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