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Dúvidas de empresários congelam investimentos

A queda nos investimentos é reflexo das dúvidas dos empresários sobre o que esperar da economia, mas também de dificuldades recentes.

Em 2008, quando a atividade crescia a pleno vapor, o empresário Cesar Prata, 60, estudou a possibilidade de mudar sua fábrica de bombas industriais para um local maior e ampliar a produção. Veio a crise nos EUA e os planos acabaram engavetados.

"Até agora não retomei a ideia", conta. Passado o pior momento, lembra ele, houve um período de retomada. Mas o real valorizou-se frente ao dólar e ele perdeu mercado.

"A produção caiu ainda mais no ano passado. Este ano ainda começou ruim, mas um pouco melhor do que 2011", conta.

O real forte é o inimigo número 1 do empresário do setor de máquinas, que concorre com importados.

"Há oito meses contratei uma consultoria para modernizar a produção e reduzir custos. Ganhei 1,5% de margem, mas o câmbio levou tudo em um dia", diz. A recente alta do dólar anima, mas ainda não surtiu efeito.

Prata afirma que precisa comprar uma nova máquina que custa cerca de R$ 1 milhão. Mas parou diante de dúvidas sobre o futuro: "É preciso ter certeza de que a máquina será muito usada, pois além do gasto terei que contratar duas pessoas. Mas ainda estamos tentando entender como será o 2º semestre e não sabemos nada de 2013."