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Consumidor que se endividou agora tenta controlar gastos

MARIANA SCHREIBER
DE SÃO PAULO

Principal motor da economia nos últimos anos, o consumo das famílias agora cresce em ritmo mais moderado. A taxa de expansão acumulada em 12 meses caiu de 7% no final de 2010 para 3,2% no primeiro trimestre desse ano.

A forte expansão do crédito no governo Lula (2003-2010) aumentou a capacidade de consumo da população, mas parte dos consumidores se endividou além da conta e agora está cortando gastos.

Severino Ramos, 44, presta serviço de reformas. Grande fã do governo Lula, diz que hoje tem dois carros e quatro computadores: "Isso era impensável há oito anos".

Ele admite, porém, que "deu um passo maior do que podia" comprando também roupas e eletrodomésticos. Ganhando R$ 6.000 por mês, hoje deve R$ 15 mil ao banco.

"Vou parcelar a dívida e depois comprar um caminhão para o trabalho", planeja.

A vigilante Tatiane Mesquista, 33, também está endividada, desde 2010, quando aproveitou o descontos de IPI sobre eletrodomésticos para comprar geladeira, fogão e televisão. Um problema de saúde a afastou do trabalho, e as prestações atrasaram.

Pegou então um empréstimo no banco para quitar o financiamento, mas também não conseguiu pagar a dívida, que hoje chega a R$ 3.000. Com uma renda de R$ 800, ela espera parcelar e pagar a dívida em um ano e meio. "Até lá, não tenho como comprar nada muito caro", disse.

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