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Eleições 2012

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Haddad faz ofensiva para atrair eleitorado que votou em Marina

Candidata do PV teve 20% dos votos válidos na cidade em 2010, mas se mantém afastada da eleição deste ano

Pré-candidato petista tem cortejado aliados da ex-senadora, como a socióloga Maria Alice Setúbal e Oded Grajew

BERNARDO MELLO FRANCO
DE SÃO PAULO

De olho nos votos de Marina Silva em 2010, o pré-candidato do PT a prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, prepara uma ofensiva para tentar atrair eleitores antenados com a causa verde.

A investida começará na ponte aérea: ele programou uma passagem pela Rio+20, a conferência das Nações Unidas sobre meio ambiente, que começa na quarta-feira.

A ideia é usar o evento como palanque para divulgar promessas ligadas ao setor e se apresentar como um político preocupado com a preservação da natureza.

Os petistas querem explorar a "orfandade" dos 20% de eleitores paulistanos que votaram em Marina no primeiro turno da eleição presidencial. Ela deixou o PV há um ano e continua sem partido.

"O grupo da Marina não tem candidato em São Paulo. Haddad pode atrair seu eleitor, especialmente o que pertence ao segmento da classe média que se afastou nos últimos anos do PT", diz o ex-vereador Nabil Bonduki, que ajuda a formular o programa de governo do ex-ministro.

O ex-ministro da Educação tem cortejado "marineiros" que exerceram papel de destaque na disputa de 2010, como a socióloga Maria Alice Setúbal, presidente do conselho do Instituto Democracia e Sustentabilidade.

Ela divide a direção da entidade com Marina e seu ex-vice, o empresário Guilherme Leal. Em maio, numa demonstração pública de apoio, participou de um debate com Haddad sobre o programa petista para a educação.

Outro aliado de Marina, o coordenador da Rede Nossa São Paulo, Oded Grajew, participou em março do seminário "Modo petista de governar". O evento virou palanque para Haddad, que já visitou a entidade de Grajew.

Com a debandada do PV, a maior parte dos "marineiros" de São Paulo ficou sem legenda. Uma exceção é Ricardo Young, que disputou o Senado e tentará a Câmara pelo PPS de Soninha Francine.

A ex-presidenciável recusou convite para se filiar ao partido e tem se mantido afastada da eleição municipal. É neste vácuo que Haddad quer atuar, caso não consiga a adesão da ex-colega de Esplanada no governo Lula.

PROGRAMAÇÃO

O petista ainda não definiu sua agenda na Rio+20, mas deve acompanhar debate sobre desenvolvimento sustentável, visitar a programação paralela da Cúpula dos Povos e participar das mobilizações do Dia de Ação Global.

Além de buscar um verniz verde para sua imagem, ele quer aproveitar a incursão carioca para se aproximar de ONGs da área ambiental.

Na semana passada, o petista fez um primeiro aceno ao setor ao participar da Romaria das Águas, promovida pela Igreja Católica no Jardim Ângela: posou para foto plantando uma árvore e participou do abraço simbólico à represa de Guarapiranga.

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