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Ação contra deputado do PPS deve adiar as investigações na Câmara

Iniciativa popular motivou processo contra Stepan Nercessian

ERICH DECAT
DE BRASÍLIA

O surgimento de um novo processo apresentado na Corregedoria da Câmara, desta vez contra o deputado Stepan Nercessian (PPS-RJ), deve adiar a conclusão das investigações de outros três deputados goianos Carlos Alberto Leréia (PSDB), Sandes Júnior (PP) e Rubens Otoni (PT).

A previsão inicial era que os relatórios dos deputados de Goiás fossem apresentados nesta semana. Os três são alvo de investigação pela Corregedoria da Casa por suposta participação no esquema do empresário Carlos Cachoeira, que está preso desde o último dia 29 de fevereiro acusado de comandar um esquema de jogos ilegais.

O corregedor da Câmara, Eduardo da Fonte (PP-PE), decidiu juntar os casos dos deputados goianos ao de Nercessian, que deverá ser concluído 45 dias depois de ele ter sido avisado do processo.

O período termina em pleno recesso parlamentar, o que adiará uma conclusão apenas para o próximo semestre, quando o Congresso deverá estar esvaziado em razão das eleições municipais.

Apesar de ter encontrado uma brecha regimental para adiar a conclusão dos relatórios, o corregedor diz que até o fim do mês as investigações contra Leréia, Sandes Júnior e Otoni estarão concluídas.

"Prorroguei todos de uma forma geral. Mas acredito que até o dia 30 deste mês já tenhamos a definição dos três primeiros casos", afirmou.

A ação contra Nercessian foi feita com base em um pedido de iniciativa popular. Por meio de advogados, a moradora do Rio Mafalda Oliveira de Lima solicitou à Câmara que investigasse o empréstimo feito pelo empresário Carlos Cachoeira ao deputado no valor de R$ 175 mil.

Desse total, R$ 160 mil, segundo o deputado, serviram para pagar um imóvel no Rio, e os outros R$ 15 mil para a compra de ingressos no Carnaval. Nercessian diz que o empréstimo já foi pago.

A representação contra ele deve ser assinada hoje, e o deputado Vicente Cândido (PT-SP) deve cuidar da apuração.

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