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Investigado é aplaudido por CPI e sai emocionado

DE BRASÍLIA

A CPI do Cachoeira voltou a aplaudir um investigado. Cláudio Monteiro, ex-chefe de gabinete do governador Agnelo Queiroz (PT-DF), foi chamado para explicar supostas relações com o grupo de Carlinhos Cachoeira, mas deixou o local sob lágrimas e aplausos até da oposição

Monteiro foi citado em conversas como alguém que teria aberto as portas do governo do Distrito Federal para Cachoeira. Os áudios indicam que ele teria recebido um rádio Nextel de Cachoeira, como outros membros do grupo. Ele nega. Após a divulgação, ele deixou o cargo.

Mesmo protegido por um habeas corpus, que o permitia permanecer em silêncio, ele resolveu falar. A iniciativa desarmou integrantes da oposição.

Apesar de negar envolvimento com Cachoeira, Monteiro confirmou encontro com Idalberto Matias Araújo, o Dadá, suposto araponga da grupo, e com Cláudio Abreu, ex-diretor da Delta. Segundo ele, ambos se apresentaram como representantes da construtora.

Monteiro não soube dizer se recebeu doações de firmas ligadas a Cachoeira para a campanha de 2010, quando disputou uma vaga para a Câmara Legislativa do Distrito Federal. "Não posso nem afastar essa hipótese. Se ocorreu, ocorreu sem o meu consentimento", disse.

"Hoje eu diria que Vossa Senhoria sai daqui com a cabeça erguida. Que a postura de Vossa Senhoria é a que se espera de alguém que tenha caráter", disse o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), que não fez perguntas.

O relator Odair Cunha (PT-MG) disse que os elogios foram pelo fato de Monteiro ter contribuído com a CPI.

Há duas semanas, o governador Agnelo Queiroz também foi aplaudido por membros da comissão.

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