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Serra critica 'fogo amigo' no PSDB, e Haddad abre campanha sem Marta

Tucano e petista tentam contornar divergências internas no primeiro dia oficial da eleição de SP

Ex-governador defende escolha de vice ligado a Kassab, e candidato do PT elogia ex-prefeita apesar de novo boicote

Fábio Braga/Folhapress
Tucano tira foto com militantes no centro de SP
Tucano tira foto com militantes no centro de SP

DE SÃO PAULO

No primeiro dia oficial da corrida à Prefeitura de São Paulo, os candidatos José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT) tentaram contornar as divergências em suas campanhas e pediram que os aliados se unam para ajudá-los.

O tucano reclamou do "fogo amigo" entre os grupos ligados ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) e ao prefeito Gilberto Kassab (PSD). O conflito se acirrou com a escolha do vice Alexandre Schneider, da sigla de Kassab.

"Temos que fazer campanha unidos. Quem amola os aliados está sabotando", disse. "O Schneider agora não é do PSD. Ele é meu. Meu vice."

Sem citar Haddad e o PT, Serra afirmou que a eleição paulistana é "fundamental para o futuro do Brasil".

"O que está em jogo aqui é o futuro de uma administração, mas também o de um sistema democrático, republicano, que respeite as oposições e a liberdade de imprensa."

Haddad fez caminhada no centro sem seu principal cabo eleitoral: o ex-presidente Lula, que se poupou por recomendação médica.

Ele elogiou as ex-prefeitas Luiza Erundina (PSB) e Marta Suplicy (PT), que também faltaram, e desconversou sobre o novo boicote da petista. "Respeito muito a postura da Marta e tenho muito orgulho de ter participado da sua administração", disse.

Erundina, que renunciou à vice da chapa em protesto contra a aliança com Paulo Maluf (PP), ficou em Brasília e deve encontrar o candidato na próxima semana.

Restou ao petista se escorar na popularidade do vereador Netinho de Paula (PC do B). "Todo professor de universidade tem muito a aprender com o gueto que ele representa", afagou Haddad.

Na zona sul, Gabriel Chalita (PMDB) rezou um pai-nosso com crianças orientadas por um pastor evangélico a orar pelo "tio Chalita". O corpo a corpo incluiu até beijo num cachorro. "Ô, dó, vai ficar cheio de sarna", comentou uma simpatizante.

Celso Russomanno (PRB) e Soninha Francine (PPS) se esbarraram no Páteo do Colégio. Em tom bem-humorado, ela desejou ao rival "sorte, mas não muita".

(BERNARDO MELLO FRANCO, DANIELA LIMA, DIÓGENES CAMPANHA E RODRIGO VIZEU)

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