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'Nesse período fui perseguido como cão sarnento', afirma Demóstenes

DE SÃO PAULO

Leia os principais trechos do discurso de Demóstenes Torres, ontem, no plenário do Senado

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Imprensa
Chamar uma mulher de vagabunda é algo que a crucifica para o resto da vida. Como é que ela vai se defender? Como é que ela vai provar a sua honestidade? Como é que ela vai provar a sua honradez, se, desde o início, ela foi jogada no chão. [...] Fui chamado, pela imprensa, de bandido, pilantra, psicopata, braço político, desonesto, uma pessoa que tem dupla personalidade, que coloquei o meu mandato à disposição de uma quadrilha, que era um despachante de luxo. [...] É como acusar a mulher de vagabunda. Como é que ela se defende disso? Em tudo que ela disser está absolutamente equivocada.

Direito à defesa
Por que a minha cabeça tem que rolar? Eu provei aqui várias vezes que sou inocente. Eu quero este direito. [...] Eu peço aos senhores que não lavem as mãos em relação a mim. Deixem-me ser julgado pelo Poder Judiciário.

Mentira no plenário
Senhoras e senhores, eu não menti aqui. Eu jamais menti aqui. Eu tenho uma conduta parlamentar impecável. Os senhores são um atestado disso. [...] Seis governadores também se relacionavam com Carlinhos Cachoeira; dezenas de Deputados Federais. Os outros não têm nada. O bandido sou eu?

Perseguição
Nesse período que eu vivi, eu fui perseguido como um cão sarnento. Tudo que aconteceu na minha vida e o que não aconteceu veio a público. [...] Não vou citar os veículos de comunicação nem os jornalistas, porque os respeito. Mas eles não me respeitaram. A imprensa do Brasil me deve um pedido de desculpas, porque inventou contra mim.

Relações
Do Judiciário, nem se fala. Todos os ministros do Supremo, todos, me procuravam para resolver os problemas do Supremo Tribunal Federal: repercussão geral, uniformização de jurisprudência, interiorização de varas federais, não só do Supremo, do STJ, do TST. Perguntem a quais Ministros eu pedi algo de errado.

Patrimônio
Eu sou, na realidade, um bode expiatório. [...] Querem me pegar, porque vai ficar mal para a imagem do Senado. Um Senador com um patrimônio ridículo, [..] Os senhores sabem muito bem, e não é o nosso caso, que pessoas aqui na Casa que quiserem fazer rolo, espaço há. Eu nunca fiz. É como dizia Ivan Lins: Hoje 'cai o rei de espadas. [E depois?] Cai o rei de ouros, cai o rei de paus, não fica nada'.

Relações com Cachoeira
Quero dizer aos senhores que arrumei sim emprego na iniciativa pública e privada para muitas pessoas, e para nenhum ladrão e para nenhum corrupto, para pessoas que precisavam. Que voei em aviões de amigos, não de Cachoeira.

Judas
Diga-me com quem andas que eu te direi quem és. Cristo andava com Judas. Cada qual que pague pelo que fez. Se Carlos Cachoeira cometeu crimes, cana nele, a culpa é dele, a culpa não é minha.

Perdão
Meu erro aqui, confesso para os senhores, foi ser intolerante, foi ser duro, foi não ter aprendido a ler os jornais. Hoje, sei que muita mentira é publicada. Hoje, sei que nada daquilo ou muito daquilo que vem de inquéritos policias, hoje, sei que muito daquilo não é verdade. [...] Perdoem-me aqueles que, levianamente, ofendi e advirto os mais novos mais como um conselho mesmo: não entrem por esse caminho, isso é uma bobagem; pegar minutos de fama, ir para a televisão, aparecer atacando um colega. [...]Perdão é coisa dos homens, perdão é coisa para homem.

Renúncia
Por que não renuncia? Porque eu não podia sair do Senado sem dar explicação para a minha mulher, para meus filhos, para minha neta, para meus amigos, para os meus eleitores. E porque quem cassa senador é senador, não é imprensa.

NA INTERNET
Leia a íntegra
folha.com/no1118731

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