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Evangélicos esperam 6 milhões em marcha

Estimativa, segundo a Renascer em Cristo, é feita com base nas edições anteriores

DE SÃO PAULO

A organização da 20ª Marcha para Jesus, que ocorre hoje em São Paulo, espera reunir cerca de 6 milhões fiéis.

A estimativa é feita a partir da experiência dos anos anteriores, de acordo com o ex-deputado Bispo Gê Tenuta, da Renascer em Cristo.

Em 2011, a igreja afirmou que 5 milhões participaram em algum momento do evento, que durou 12 horas.

"O número de caravanas inscritas agora é quase o dobro", completa o ex-deputado. Ele afirma ainda que há mais igrejas na organização oficial, como a Universal do Reino de Deus.

No ano passado, a Polícia Militar disse que 1 milhão de pessoas se concentraram no local dos shows.

A marcha terá início às 10h na avenida Tiradentes e seguirá até a praça Heróis da FEB, onde foi montado um palco para a apresentação de bandas de música gospel.

Bispo Gê espera um tom menos político e de mais "festa" do que o visto na edição anterior. "A conotação política não é uma prática nossa. Nem é o local adequado para isso", afirma.

Em 2011, a marcha foi transformada em palco de críticas ao Supremo Tribunal Federal e numa exibição de força política dos evangélicos.

O pastor Silas Malafaia chegou a dizer que o Supremo "rasgou" a Constituição ao reconhecer a união estável de casais homossexuais.

"Nosso povo não está preocupado com isso. A Marcha para Jesus tem uma visão mais espiritual e religiosa", afirma Bispo Gê.

Neste ano, Malafaia não foi convidado para o evento. Também não estão previstos discursos de políticos, como em 2011, quando os senadores evangélicos Marcelo Crivella (PRB-RJ) e Magno Malta (PR-ES) falaram.

De acordo com a organização, a marcha terá como temática a questão da sustentabilidade.

Pela primeira vez, a marcha não ocorre no feriado de Corpus Christi, em junho.

A mudança foi um acordo entre a prefeitura e os organizadores para que o evento não coincidisse com a Parada Gay e para que ocorresse durante as férias escolares.

Segundo a prefeitura, a nova data gera um impacto menor no trânsito na cidade.

Organizada desde 1993, a Marcha para Jesus passou a fazer parte do calendário oficial do país após lei federal promulgada em 2009.

(DANIEL RONCAGLIA)

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