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Em nota, editora acusada de plágio de tradução admite 'problemas'

DE SÃO PAULO - Em nota divulgada ontem, a editora Boitempo assumiu "problemas de tradução" de dois títulos apontados como tendo suas traduções plagiadas. Informou que interrompeu a distribuição dos livros e que depositará o valor de capa para o leitor que decidir devolvê-los pelo correio.

Os livros são "Considerações sobre o Marxismo Ocidental/ Nas Trilhas do Materialismo Histórico", de Perry Anderson, e "Lacrimae Rerum: Ensaios de Cinema Moderno", de Slavoj Zizek.

O caso, levantado pela tradutora e blogueira Denise Bottmann, foi publicado na edição de ontem da Folha. O primeiro livro foi traduzido pela própria Denise para a edição da Brasiliense de 1984. A edição da Boitempo exibe trechos idênticos ou com trocas pontuais de palavras.

Já o livro de Zizek teria utilizado como base uma tradução publicada em Portugal.

A Boitempo informou ter detectado os "problemas" após "um processo interno de conferência" das traduções.

A nota cita o caso como um "entre centenas envolvendo várias outras editoras", e menciona como exemplo o Grupo Folha. Em 2010, um volume da série "Livros que mudaram o mundo", publicada pela empresa, foi alvo de queixas de plágio de tradução apontadas por Bottmann. "A Folha foi vítima disso", diz o diretor de circulação e marketing do jornal, Murilo Bussab, que comprou o copyright da obra sem saber da apropriação indevida da tradução.

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