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Mensalão - o julgamento

Demitido em Goiás, Delúbio perde o cargo de professor

Licença tirada pelo ex-tesoureiro do PT é legal, afirma advogado

Processo disciplinar começou em 2005; secretaria diz que todos os prazos da defesa foram respeitados

ANDRÉIA SADI
DO PAINEL, EM BRASÍLIA
FERNANDO MELLO
DE BRASÍLIA

Após um processo interno na Secretaria de Educação, o governo de Marconi Perillo (PSDB) exonerou ontem o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares do cargo de professor.

Segundo o governo, ele foi exonerado por abandono de cargo -ele era professor em Goiás, mas morava em São Paulo. O ex-tesoureiro foi acusado pelo Ministério Público Estadual de receber R$ 164,4 mil sem trabalhar.

Outros 29 foram exonerados após processo. A decisão ainda tem de ser publicada no "Diário Oficial".

Questionado se a conclusão do processo, que corre há cinco anos, teria sido coincidência com o julgamento do mensalão, a assessoria disse que só foi assinado hoje por "dificuldades de localizá-lo".

O ex-tesoureiro do PT é réu na ação penal do mensalão.

Tanto a investigação do Ministério Público quanto o processo administrativo do governo começaram em 2005.

Segundo a secretaria, as demissões ocorreram depois de processos nos quais todos os prazos de defesa foram observados. O promotor Fernando Krebs reclamou da demora. "Ele deveria ter sido demitido em 2005", afirmou.

Advogado de Delúbio, Sebastião Ferreira Leite disse que a licença de seu cliente era legal. Segundo ele, foi feito um acordo com o governo de Goiás para que Delúbio não fosse exonerado até que o processo fosse julgado definitivamente na Justiça.

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