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Manifestantes 'prendem' réus em cela em frente ao tribunal

DE BRASÍLIA

Em seu segundo dia, o julgamento do mensalão no STF (Supremo Tribunal Federal), em Brasília, continua esvaziado de manifestantes. Os poucos que aparecem, porém, foram criativos.

No início da tarde de ontem, um grupo de cerca de dez pessoas protestava contra os acusados no processo. Chamavam-se de "movimento sindical contra corrupção".

Vestidos com camisetas listradas em preto e branco, os manifestantes guardavam uma cela onde estavam presos bonecos de papelão identificados como cinco dos 38 réus do mensalão: o ex-ministro José Dirceu, o ex-deputado João Paulo Cunha, o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares e os publicitários Duda Mendonça e Marcos Valério.

O porta-voz do grupo, metalúrgico Carlos Lacerda, se disse "decepcionado" com o PT, não apenas por causa do mensalão, mas também porque, segundo ele, o partido não vota as questões importantes para os sindicalistas. Sobre a falta de manifestantes em frente ao tribunal, disse não ter se desanimado: "Nem todos os grandes jogos têm grande público".

PAPAI NOEL

Ao lado da cela, Nilson Francisco dos Santos, 62, protestava vestido de "Papai Noel-palhaço". Seu protesto, no entanto, era pessoal: ele diz não conseguir se aposentar como lavrador.

Sem saber, Santos escolheu o período do julgamento do mensalão para o ato. "É ótimo porque dá mais visibilidade".

(NÁDIA GUERLENDA)

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