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Petista promete R$ 20 bi em obras viárias

DE SÃO PAULO

O candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, prometeu ontem a realização de um pacote de R$ 20 bilhões em obras viárias e de infraestrutura nos próximos quatro anos.

O valor, que inclui também investimentos em transporte coletivo, é o dobro do orçamento atual das secretarias de Infraestrutura e Obras e de Transportes, responsáveis pela execução dos projetos.

As despesas previstas para as pastas no Orçamento de 2012 somaram R$ 2,4 bilhões. Mesmo dividindo os R$ 20 bilhões que Haddad estima gastar pelos quatro anos de uma eventual gestão, ainda faltariam R$ 2,6 bilhões anuais para fechar a conta.

Os petistas contam com a possibilidade de financiar pelo menos metade do pacote de obras com recursos federais, especialmente do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

"É um plano ousado e sua engenharia financeira não prescinde do apoio do governo federal. O dinheiro está lá, em programas já existentes. Não pediremos nenhum tipo de tratamento privilegiado", afirmou Haddad.

PROJETOS

O plano do candidato prevê a implantação de duas grandes avenidas paralelas à marginal Tietê -uma delas no lugar de uma linha de transmissão elétrica, que seria aterrada, na zona norte-, um viaduto, dois piscinões e o prolongamento ou duplicação de outras seis vias.

Alguns dos projetos já estão em andamento pela atual gestão, como a ligação da avenida Jornalista Roberto Marinho, na zona sul, à rodovia dos Imigrantes.

Essa obra, que inclui a construção de dois túneis, foi orçada pela prefeitura em R$ 2,4 bilhões, valor que os petistas disseram que vão reduzir diminuindo o número de desapropriações no local.

O candidato do PT também prometeu construir 150 km de corredores e 150 km de faixas exclusivas para ônibus. Seu plano, no entanto, detalha apenas a localização de um deles, na zona leste.

Para o especialista em trânsito e transporte Horácio Augusto Figueira, essa informação deveria ter sido detalhada. O PT afirma que todas as avenidas prometidas no plano terão corredores de ônibus.

(DIÓGENES CAMPANHA E BERNARDO MELLO FRANCO)

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