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Brasil tenta combater registro eleitoral irregular nas fronteiras

O objetivo da ação é evitar o voto ilegal de quem não reside no país

FELIPE BÄCHTOLD
DE PORTO ALEGRE

A Polícia Federal e a Justiça Eleitoral preparam ações para coibir o registro eleitoral de estrangeiros ou brasileiros que não têm mais residência no país.

O principal caso de fraude envolvendo o voto "binacional" ocorreu na gaúcha Uruguaiana, que faz divisa com a Argentina e com limites junto ao Uruguai.

A PF prendeu cinco uruguaios que também têm cidadania brasileira e tentavam se registrar em um cartório eleitoral, apesar de morarem no país vizinho. Outro detido, suspeito de ser aliciador, era secretário municipal de Barra do Quaraí (RS), cidade de 4.000 habitantes.

O chefe da delegacia da PF em Uruguaiana, André Luiz Epifânio, afirma que há cerca de outros cem casos desse tipo investigados na região.

O eleitor não pode registrar domicílio eleitoral em uma cidade em que não more ou não tenha vínculos, como familiares e propriedades.

BRASIGUAIOS

Em Foz do Iguaçu (PR), o grande número de brasiguaios (brasileiros que migraram para o Paraguai) morando do outro lado da fronteira aumenta o risco de irregularidades, segundo a Justiça Eleitoral local.

É esperado o apoio da PF para identificar vans bancadas por candidatos que transportam eleitores que vivem no lado paraguaio.

Em Ponta Porã (MS), que se separa por uma rua da paraguaia Pedro Juan Caballero, a Justiça Eleitoral também fiscalizou os endereços informados pelos eleitores suspeitos de falsificação.

As autoridades dizem que os estrangeiros tentam obter irregularmente a documentação brasileira para ter acesso a benefícios oferecidos no país, como programas sociais e matrículas em universidades.

No Norte do país, a dificuldade generalizada na emissão de documentos contribui para o problema.

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