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Este foi o 'cargo mais maravilhoso', diz Calmon

DE BRASÍLIA

Na última sessão de seu mandato como corregedora nacional de Justiça, Eliana Calmon disse ontem que os dois anos no cargo foram "extremamente incômodos" e que seu principal desafio foi fazer a inspeção no Tribunal de Justiça de São Paulo.

Emocionada, disse que sabia que o cargo seria incômodo. "Não tenho limites, uso de toda a minha autoridade, com humildade, mas com empenho. Foi o cargo mais maravilhoso que exerci nos 34 anos de magistratura."

Para ela, a inspeção no TJ paulista foi o maior caso de sua gestão: "Calcei as botas de soldado alemão, fiz uma inspeção, e todos viram o que aconteceu. As coisas começaram a mudar em São Paulo. Parece que as coisas destravaram. Saio com a consciência de dever cumprido".

Em dois anos, ela enfrentou entidades de magistrados ao investigar bens de juízes e falou em "bandidos de toga": "Precisei usar a mídia e fazer a população saber o que se passava no Judiciário".

Ela ganhou uma placa do CNJ com homenagem do presidente do Supremo Tribunal Federal, Ayres Britto -que disse que a ministra tem o "dom da indignação".

Na sessão, Calmon apresentou investigações sobre incompatibilidade patrimonial de juízes, mas não conseguiu tratar do assassinato da juíza Patrícia Acioli.

Acioli foi morta em 2011 com 21 tiros quando chegava à casa dela em Niterói (RJ). A suspeita é que a morte tenha sido uma retaliação por sua atuação contra milícias de policiais; 11 PMs foram denunciados por participação no crime.

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