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Novo corregedor diz que ministros do STF terão reajuste salarial

Vencimento, hoje de R$ 26,7 mil, pode abrir caminho para aumentos no funcionalismo

DE BRASÍLIA

O novo corregedor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Francisco Falcão, disse ontem que nos próximos dias deve ser anunciado um reajuste para os ministros do Supremo Tribunal Federal.

Como o vencimento da corte é a referência para o teto salarial do funcionalismo, um eventual aumento abrirá caminho para ganhos maiores em todo o poder público.

"Existe uma defasagem dos últimos seis, sete anos, mas parece que há negociações entre presidente do STF e a presidente Dilma e acho que nos próximos dias será anunciada uma reparação dos vencimentos", disse.

O último reajuste ao Supremo ocorreu em 2009.

A declaração de Falcão ocorre logo após o governo comprar briga com diversas categorias que entraram em greve por maiores salários, enquanto o Executivo tentava cortar despesas. No fim, o governo cedeu aumento de 15,8%, em três anos.

Cabe ao Congresso aprovar reajuste no Judiciário. O STF enviou, em 31 de agosto, um projeto que pede o aumento de 7,12% no salário mensal pago aos ministros da corte, que hoje ganham R$ 26,7 mil.

Se for alterado, esse valor mudará também o chamado "abate teto", redução que ocorre quando o valor a ser recebido pelo servidor passa do salário do Supremo.

O reajuste abre ainda caminho para que deputados, senadores, presidente e ministros possam ter aumento. Hoje, eles ganham o mesmo que um integrante do STF.

'VAGABUNDOS'

O corregedor Francisco Falcão tomou posse no CNJ ontem dizendo que vai combater "meia dúzia de vagabundos" que precisam ser retirados do Judiciário.

Falcão, no entanto, prometeu um estilo diferente, mais discreto que o da antecessora no cargo, Eliana Calmon, que chegou a dizer que existiam "bandidos de toga".

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