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Senado aprova projeto que beneficia petista

André Borges/FolhaPress
Em sua despedida do Senado, Marta cumprimenta o presidente da Casa, José Sarney
Em sua despedida do Senado, Marta cumprimenta o presidente da Casa, José Sarney

DE BRASÍLIA
DE SÃO PAULO

Em uma ação do governo em favor de Marta Suplicy (PT-SP), o Senado aprovou ontem uma PEC (proposta de emenda constitucional) que cria o Sistema Nacional da Cultura, relatada por ela.

Com a aprovação, Marta assume hoje o Ministério da Cultura com a possibilidade de ampliação progressiva de recursos para o setor e a criação de fundos culturais.

Inspirado no modelo do SUS (Sistema Único de Saúde), o sistema aprovado ontem busca ainda fixar diretrizes e atribuições comuns entre federação, Estados e municípios na área da cultura.

A aprovação ocorreu em tempo recorde. Líder do governo, Eduardo Braga (PMDB-AM) admitiu que a votação ocorreu para beneficiar Marta: "Construímos um acordo motivados pela nomeação".

Ela afirmou que a aprovação foi um "gol de placa".

Sobre sua gestão na Cultura, Marta disse que seu objetivo é "deixar uma marca".

Segundo ela, o fato de não militar no setor da cultura dá a ela "vantagem". A senadora sinalizou que vai pedir a ampliação da verba da pasta para a presidente Dilma.

'DEUS'

Marta chamou de "Deus" o ex-presidente Lula, que ajudou a costurar o acordo de sua entrada no ministério em troca de apoio ao candidato petista à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad -que, assim como a senadora, nega o acerto.

"O trio Lula, Dilma, Marta é muito forte. O Lula é Deus. Dilma é bem-avaliada e eu tenho o apelo de quem fez. Então, com a entrada desse trio, vai dar certo", disse.

A relação entre a senadora e Lula ficou estremecida depois que ele vetou seu nome para a disputa. Escanteada, ela boicotou a campanha de Haddad por dez meses.

A senadora disse que vai tentar recuperar o voto de seus eleitores que hoje apoiam Celso Russomano (PRB), líder da disputa.

Marta renunciou à vice-presidência da Casa, cargo que será ocupado por Aníbal Diniz (PT-AC), suplente do governador Tião Viana (PT-AC). Seu "mandato tampão" vai até fevereiro.

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