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Tecnologia ajuda a evitar que votos dos ministros vazem

DE BRASÍLIA

Com medo de os votos serem extraviados, ministros do STF usam um sistema de segurança de última geração e evitam levar os textos para casa.

Mas nem sempre foi assim. Na elaboração de sua revisão do processo do mensalão, o ministro Ricardo Lewandowski tomou um susto.

Ele deixava seu voto em um pen drive, do qual não se desgrudava. Mas em junho, dias antes de liberar sua revisão, Lewandowski, conversando com a Folha no plenário do STF, decidiu mostrar o famoso pen drive -e não o achou.

Visivelmente nervoso, correu até sua cadeira e achou o pen drive. "Se eu perdesse isto, teria que começar do zero".

Hoje, o ministro é adepto de um sofisticado sistema "firewall" (que serve para, entre outras coisas, evitar invasões de hackers) para manter o voto seguro eletronicamente no gabinete do Supremo.

Funcionários do STF confirmaram à Folha que outros ministros usam o sistema.

Por conta do fatiamento dos votos, a maioria dos ministros teve de mudar as estruturas. Com ajuda de funcionários, e circulando só na rede interna, os votos foram "editados".

Os textos, contou um ministro, só são impressos pouco antes da sessão, e levados ao plenário por funcionários de extrema confiança. Nem os "capinhas", assistentes de plenário, podem manuseá-los.

(MATHEUS LEITÃO e FELIPE SELIGMAN)

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