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Aécio minimiza influência eleitoral de Lula

Ao citar dificuldades do PT, senador diz que 'o lulismo com características quase messiânicas' não existe mais

Para ele, mensalão não é o principal argumento para explicar o fraco desempenho de petistas nas pesquisas até aqui

FELIPE BÄCHTOLD
DE PORTO ALEGRE

Menos de uma semana após criticar a presidente Dilma Rousseff, o senador Aécio Neves (MG) menosprezou ontem a influência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições pelo país.

"O lulismo, com as características anteriores, quase messiânicas, de alteração de quadros eleitorais onde quer que fosse, isso não existe mais", disse, em encontro com tucanos em Porto Alegre.

Ao criticar o desempenho de petistas nas disputas, Aécio lembrou que Lula e Dilma têm apoiado candidatos com vídeos para o horário eleitoral e, no caso do ex-presidente, em atos de campanha.

Ex-governador mineiro (2003-2010), Aécio disse que o desempenho do PT está mais afetado pelo "cansaço" sobre gestões petistas do que pelo mensalão.

"A questão do mensalão se coloca como algo que paira sobre toda a classe política. Tenho tomado cuidado ao utilizar o mensalão como principal argumento contra candidaturas do PT porque acho que temos outros mais fortes", afirmou.

Possível presidenciável em 2014, o senador tenta se projetar no cenário político como crítico do Planalto. Na semana passada, disse que Dilma fez uma "maldade" com Minas Gerais ao vetar aumento do percentual dos royalties pagos por mineradoras.

Ontem, ele chamou a atual campanha de "aquecimento" e falou que, a partir de 2013, o PSDB vai se colocar como "partido com a responsabilidade de reintegrar o país ao desenvolvimento".

Na capital gaúcha, foi chamado pelo candidato tucano na cidade, Wambert di Lorenzo, de "futuro presidente".

Aécio também criticou o manifesto divulgado pelo PT e aliados na semana passada em que os signatários falam em golpismo e uso político do julgamento do mensalão.

Ele tachou o documento de "ridículo" e disse que o PT inventou um tipo de "golpe de Estado contra ex-presidente".

Questionado sobre o mensalão do PSDB de Minas, ainda sem data de julgamento, o senador disse ter poucas "informações" sobre o caso e afirmou que cada processo será julgado a seu tempo.

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