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Eleições 2012

Candidato do PRB decide subir o tom contra Haddad

Objetivo da campanha de Russomanno é tirar o PT do 2º turno, o que abriria espaço para eventual apoio de Dilma

Líder nas pesquisas, candidato tem evitado até aqui responder a ataques de rivais, entre eles Haddad e Serra

CATIA SEABRA
DE SÃO PAULO

O líder da corrida pela Prefeitura, Celso Russomanno (PRB), vai subir o tom na reta final da campanha, especialmente contra o adversário Fernando Haddad (PT).

Até aqui olímpico, o comando da campanha de Russomanno decidiu levar ao ar estocadas no petista, como questionar sua atuação na criação da taxa do lixo durante a administração de Marta Suplicy e o crescimento da dívida do município.

O grau dos ataques -reservados para os comerciais em rádio e televisão- vai depender da evolução das pesquisas desta semana.

Quanto maior a for chance de Haddad ir ao segundo turno, maior será o golpe.

Disposto a deter o crescimento do petista, Russomanno também se preparou para confronto direto com seu adversário nos debates.

Na avaliação de interlocutores de Russomanno, o tucano José Serra é o adversário ideal para uma eventual disputa no segundo turno.

Não só por causa do alto índice de rejeição. Mas porque a presidente Dilma Rousseff entrará na sua campanha caso o adversário seja Serra, contra quem ela disputou a Presidência da República.

Dilma é encarada na campanha como um passaporte para chegar à classe média.

Sua presença no palanque do PRB mitigaria a tese de que Russomanno não tem condições de governar São Paulo.

Além de evitar uma disputa contra o PT no segundo turno, a intenção é aplicar uma vacina no candidato cuja capacidade administrativa é posta em dúvida pelos rivais: disseminar a ideia de que nem sempre experiência é sinônimo de bom governo.

A opção por uma campanha um pouco mais agressiva nasce ainda de uma avaliação das pesquisas, segundo as quais o eleitor de Russomanno estranha quando alguém tão impetuoso não reage às provocações.

A imagem que o público de Russomanno tem dele é a do galo de briga.

A passividade estaria incomodando até o candidato, contrariado com sua performance no debate da TV Cultura. Naquele encontro com os rivais, ele deixou sem resposta as críticas que recebeu.

Apesar disso, a orientação de sua campanha é manter a imagem de vítima e repetir o mantra "não comento ataques pessoais".

Nessa etapa final de campanha, a estratégia será também neutralizar o discurso de que Russomanno é um candidato sem sustentação política nem densidade para levar suas promessas adiante.

O comitê de campanha se dedicará à apresentação de profissionais responsáveis pela elaboração de seu programa de governo. O candidato está sendo também orientado a provar a viabilidade de suas propostas.

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