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Jefferson vai tentar manter presidência do PTB nacional

Ele conta com hipótese de obter perdão judicial

BERNARDO MELLO FRANCO
DE SÃO PAULO

Horas antes de ser condenado por corrupção passiva pela maioria dos ministros do STF, o ex-deputado Roberto Jefferson anunciou ontem que se licenciará por seis meses da presidência do PTB, por motivos de saúde.

Ele luta contra um câncer descoberto no mês passado e iniciará agora uma nova batalha para tentar manter o controle político do partido.

O petebista sinalizou que renunciaria se fosse condenado, mas não quer anunciar nada antes de saber sua pena.

Com o afastamento provisório, ele ganha tempo para costurar sua sucessão ou até a permanência no posto.

Jefferson já fez isso em 2005, quando se afastou durante a crise do mensalão para retomar o cargo no ano seguinte.

Segundo aliados, ele deve tentar manter a cadeira caso receba o benefício do perdão judicial, hipótese levantada ontem pelo ministro Luiz Fux, que citou a Lei de Proteção de Testemunhas, que diz que pode receber "perdão judicial" o acusado que tiver colaborado "efetiva e voluntariamente".

Se a permanência for impossível, Jefferson prefere passar o posto ao ex-deputado Benito Gama, que assumiu seu lugar em caráter provisório.

A solução não agrada ao senador Gim Argello (DF) e ao deputado estadual Campos Machado (SP), que têm planos de assumir a presidência do partido.

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