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Procurador estuda reter passaportes

ERICH DECAT
DE BRASÍLIA

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse ontem que estuda formas de impedir que possíveis condenados no processo do mensalão deixem o país após o julgamento.

Entre as alternativas que podem ser adotadas, está a retenção dos passaportes.

Gurgel diz que a fuga de condenados do mensalão seria a pior das frustrações.

"Estou analisando as cautelas que devem ser adotadas de modo geral. À medida que o julgamento vai se desenvolvendo vai se aproximando de uma conclusão de um provável juízo condenatório", disse Gurgel, que participou ontem no TSE de uma apresentação sobre a transmissão de dados que deverá ser feita hoje.

Desde o fim de julho, o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato está na Itália.

Ele foi condenado no julgamento do mensalão pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato (desvio de recursos públicos por servidor).

Segundo o advogado Marthius Sávio Lobato, o réu viajou antes de o julgamento começar, em agosto, para tratar de "problemas familiares".

Lobato informou que Pizzolato retornará ao país até o final desta semana.

Gurgel demonstrou, no entanto, preocupação caso Pizzolato não retorne até o final do julgamento.

"Aí é um problema. Em princípio, é um país que não extradita. Mas basta ele sair da Itália", afirmou o procurador-geral.

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