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Análise Datafolha

Cenário torna impossível dizer quem vai à etapa final

Queda de Russomanno e crescimento de Serra e Haddad geram indefinição

MAURO PAULINO
DIRETOR-GERAL DO DATAFOLHA
ALESSANDRO JANONI
DIRETOR DE PESQUISAS DO DATAFOLHA

Pela primeira vez desde a redemocratização, São Paulo vê uma disputa acirrada entre três candidatos no primeiro turno das eleições para prefeito da capital.

A pesquisa divulgada hoje pelo Datafolha revela a intenção de voto dos paulistanos entre sexta-feira e ontem.

O cenário dinâmico revelado pelo instituto nas últimas duas semanas torna impossível apontar os candidatos que disputarão o segundo turno.

A queda intensa nas intenções de voto de Celso Russomanno (PRB) associado ao crescimento lento, porém contínuo, de José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT) nesse período geraram um quadro de indefinição.

Um dia antes do pleito, os três têm chances equivalentes. No dia da eleição, as tendências de comportamento das curvas de intenção de voto de cada candidato podem tanto se estabilizar nos patamares dos dados coletados nesses dois dias como manter a intensidade dos movimentos na última semana.

O Datafolha já havia identificado há algum tempo a possibilidade de equilíbrio da disputa na reta final. O instituto acompanhou todo o processo eleitoral. Identificou o crescimento de Russomanno e explicou sua liderança.

Também mediu os reflexos da reprovação ao prefeito Gilberto Kassab (PSD) na candidatura Serra, assim como a força do apoio do governador Geraldo Alckmin ao tucano.

Revelou o desconhecimento sobre Haddad e o potencial de influência de Lula e Dilma.

Ao verificar o desempenho dos candidatos no horário eleitoral, ilustrou o crescimento de Haddad e Chalita.

Além disso, investigou a interferência de outras variáveis no processo, como a manifestação do conservadorismo da maior parte dos paulistanos e o papel da religião.

Todos esses dilemas agem sobre a cabeça do eleitor até o momento do voto. Em situação tão equilibrada, detalhes podem fazer a diferença.

No descompasso da gestão atual com demandas da opinião pública, como revelado pelo DNA Paulistano, o eleitor pode escolher a tradição, o protesto ou o que julga ser a combinação dos dois.

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