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Judiciário é personagem central em Osasco

Após saída de João Paulo (PT), cidade aguardará decisão do TSE sobre candidato do PSDB

DANIEL RONCAGLIA
DE SÃO PAULO

Seja quem for eleito prefeito de Osasco, seu mandato deverá ser creditado mais por circunstâncias criadas pela Justiça do que pelas estratégicas de campanha.

Neste ano, a cidade assistiu a uma situação inédita na qual seus dois principais partidos -PT e PSDB- tiveram o Judiciário como o grande adversário.

Há oito anos na prefeitura, os petistas pareciam pavimentar com tranquilidade mais um mandato no poder.

Quinto deputado mais votado de São Paulo, João Paulo Cunha reuniu 20 partidos na sua aliança.

João Paulo, no entanto, era o último réu do mensalão a ser candidato nestas eleições.

Contrariando o prefeito Emidio de Souza (PT), o deputado impôs sua candidatura confiando na absolvição ou no adiamento da decisão do Supremo Tribunal Federal sobre seu caso.

O partido, porém, foi surpreendido pela decisão do relator Joaquim Barbosa de colocar o ex-presidente da Câmara na primeira lista de réus a serem julgados.

Depois de resistir até o último minuto, o petista teve, no fim de agosto, que se retirar da eleição com a confirmação de sua condenação.

Após a entrada do desconhecido Jorge Lapas, um técnico da administração Emidio, o deputado Celso Giglio (PSDB) despontava para ganhar seu terceiro mandato como prefeito.

Dias depois, porém, o tucano foi igualmente surpreendido ao ter a sua candidatura indeferida pela Justiça Eleitoral de São Paulo.

Ele foi considerado ficha-suja porque as contas de 2004, último ano em que governou a cidade, foram rejeitadas pelo tribunal de contas e pela Câmara Municipal.

Agora, com um possível segundo turno entre PT e PSDB, a eleição ficará em suspenso à espera da decisão do Tribunal Superior Eleitoral.

"É preciso dizer para cidade que os votos dele podem ser anulados", diz Emidio.

Com isso, a última semana de campanha foi marcada por boatos dando conta de uma troca no PSDB, o que não acabou não ocorrendo.

"A jurisprudência do TSE caminha para a aprovação da candidatura", afirma o advogado Alberto Rollo, que defende o tucano.

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