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Rivais acertam trégua para levar eleição em Campinas ao 2º turno

Candidatos do PT e do PDT evitam ataques mútuos e miram Donizette (PSB), líder das pesquisas

Socialista tem apoio de Alckmin, do PSDB; candidato de Lula, estreante em eleições, está em segundo lugar

MARÍLIA ROCHA
DE CAMPINAS

Cinco candidatos que concorrem pela primeira vez ao cargo de prefeito e dois nomes recorrentes disputam hoje o voto dos campineiros.

O eleito terá em 2013 Orçamento de R$ 3,7 bilhões para tentar solucionar o deficit de vagas em creches, falta de médicos em postos de saúde e fuga de investimentos.

Jonas Donizette, do PSB, lidera as pesquisas na cidade, seguido por Marcio Pochmann (PT) e pelo atual prefeito, Pedro Serafim (PDT).

O pedetista concorre à reeleição, mas até hoje somente havia disputado eleições para vereador.

Ele era presidente da Câmara Municipal quando os vereadores cassaram o então prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT), o dr. Hélio, e o vice Demétrio Vilagra (PT), acusados de omissão diante de um suposto esquema de corrupção denunciado pelo Ministério Público na cidade.

O representante do Legislativo assumiu a administração como interino e, em abril, foi eleito pelos vereadores para continuar no cargo.

Em sua campanha, Serafim destacou que reduziu a dívida da prefeitura em 90% -para R$ 37 milhões- e destravou projetos nas áreas de saúde e habitação.

Foi criticado por adversários por ter integrado a base de dr. Hélio na Câmara e ser autor de projeto que concedia 126% de aumento ao subsídio dos vereadores -após protestos, esse reajuste caiu.

INICIANTE

Também iniciante na disputa a prefeito, Marcio Pochmann (PT) foi nome indicado pelo ex-presidente Lula para o partido em Campinas. Desde 2007, presidia o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, do governo federal.

Insistiu no apoio de Lula e da presidente Dilma Rousseff para tentar se tornar mais conhecido, incluindo um comício ao lado de Lula.

O candidato defendeu o Bilhete Único mensal e a implantação de CEUs (Centros de Educação Unificados) -projeto lançado por Marta Suplicy (2001-2004) em São Paulo- também em Campinas.

Parte das propostas foi chamada de "mirabolante" por adversários, que apontaram falta de verba. O petista foi questionado sobre a atitude de outros nomes do partido, incluindo Vilagra, e pelo julgamento do mensalão.

Mesmo com críticas mútuas, Serafim e Pochmann deixaram os ataques de lado na reta final para tentar reduzir a vantagem do líder nas pesquisas, Jonas Donizette (PSB). A relação dele com o PSDB, que indicou o vice da chapa, foi o foco principal.

A mais recente pesquisa Ibope apontou Donizette com 42% das intenções de voto, Pochmann com 18% e Serafim com 15%.

A margem de erro é de quatro pontos percentuais, para mais ou para menos.

Em sua terceira eleição a prefeito, Jonas Donizette (PSB) se licenciou do cargo de deputado federal em agosto para se dedicar à campanha. Teve como cabos eleitorais o presidente nacional do seu partido, Eduardo Campos, e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Defendeu a integração de projetos federais e estaduais como bandeira.

Também buscam o voto dos 785 mil eleitores de Campinas Doutor Campos (PRTB), Arlei Medeiros (PSOL), Rogério Menezes (PV) e Silvia Ferraro (PSTU).

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