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Prefeito vai ter maioria na nova Câmara

Tanto Serra (PSDB) quanto Haddad (PT) não terão dificuldade para fazer alianças que garantam governabilidade

Mas as bancadas eleitas por suas próprias coligações não conseguiram atingir maioria no Legislativo

EVANDRO SPINELLI
ELVIS PEREIRA
DE SÃO PAULO
FABIO LEITE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A Câmara Municipal de São Paulo será governista nos próximos quatro anos. A afirmação vale tanto para a eleição de José Serra (PSDB) quanto para a de Fernando Haddad (PT), os dois adversários no segundo turno.

Se contassem apenas com as bancadas eleitas por suas próprias coligações, Serra e Haddad teriam dificuldades para governar. Nenhum dos dois atingiu maioria.

Mas nem tucano nem petista terão dificuldade para fazer alianças que garantam governabilidade -28 votos.

Os partidos que apoiaram Serra no primeiro turno chegaram a 25 vereadores. O PPS, de Soninha Francine, deve se alinhar ao tucano, que pode contar ainda com PP e PSB, da coligação adversária, mas que atuam no governo do Estado e na prefeitura.

Já as siglas coligadas a Haddad chegaram a 16 eleitos. De cara, ele deve ganhar o apoio dos quatro nomes do PMDB, de Gabriel Chalita.

SEMPRE ALIADOS

O PRB, de Celso Russomanno, elegeu dois vereadores ligados à Igreja Universal, que tendem a se aliar a qualquer governo. E o PTB, com quatro cadeiras, é da base nas esferas federal e estadual.

O PSD apoia Serra, mas o criador da legenda, Gilberto Kassab, flerta com o governo federal e tende a levar seus vereadores a dar sustentação a quem quer que se eleja. Serão sete parlamentares.

Certo mesmo é que a oposição será pequena. O PSOL, que tem um eleito, nos dois cenários, mais o PSDB, no caso de Haddad, ou mais o PT e o PC do B, no caso de Serra.

SEGURANÇA

A questão da segurança pode ter ajudado a eleger cinco novatos. De acordo com a pesquisa DNA Paulistano, do Datafolha, 10% dos paulistanos creem que a violência é o principal problema.

Hoje, nenhum vereador tem a segurança como principal bandeira. Mas a "nova" Câmara terá dois ex-comandantes da Rota, a tropa de elite da Polícia Militar, e um ex-comandante da PM, que deve assumir como suplente.

Haverá ainda dois vereadores conhecidos após casos de violência: Masataka Ota (PSB), pai do menino Ivens Ota, morto por funcionários de seu supermercado, e Ari Friedenbach (PPS), pai de Liana Friedenbach, assassinada por um menor de idade.

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164
mil foram os votos para vereador na legenda do PRB, partido de Russomanno; sigla foi a terceira mais escolhida em São Paulo

MEDALHÕES
Ainda na capital paulista, a sigla que recebeu mais votos para vereador em sua legenda foi o PT: 327.886; o PSDB veio em seguida, com 318.071

19%
foi o percentual de votos brancos e nulos para vereador na cidade; índice supera em 6 pontos o registrado na eleição para prefeito

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