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Eleições 2012 Haddad e Serra se atacam e miram aliados incômodos Em 1º debate do 2º turno, tucano cita taxas da gestão Marta e condenação de Dirceu; petista explora rejeição de Kassab Rivais acusam um ao outro de ineficiência e de falta de empenho por São Paulo; kit anti-homofobia é ignorado DE SÃO PAULOFernando Haddad (PT) e José Serra (PSDB) partiram para o confronto direto ontem no primeiro debate do segundo turno da corrida pela Prefeitura de São Paulo, na TV Bandeirantes. Atacaram aliados incômodos e questionaram a capacidade administrativa um do outro. Serra citou várias vezes o ex-ministro José Dirceu, condenado por participação no mensalão. Haddad acusou o tucano de ter "obsessão" pelo petista. "Pelo amor de Deus para de citar pessoas que não estão disputando a eleição." Depois, foi a vez de o tucano apontar "obsessão" de Haddad pelo prefeito Gilberto Kassab, que tem rejeição de 42% dos paulistanos e também foi lembrado pelo petista diversas vezes. "O PT queria trazer o Kassab para aliança com vocês, o tempo inteiro, o Lula se empenhou nisso ao máximo", afirmou. A organização do Enem na gestão de Haddad à frente do Ministério da Educação e a administração da petista Marta Suplicy (2001-2004) foram outros alvos de Serra. O tucano lembrou o apelido "Martaxa" dado pela oposição a ela e disse que Haddad foi o "ideólogo" das cobranças instituídas à época. Levantou dúvidas sobre sua promessa de eliminar a taxa de inspeção veicular. Apesar de terem se questionado sobre temas da administração pública, os dois candidatos se esquivaram de dar respostas diretas. Serra começou o encontro reagindo à tentativa do PT de colar em sua candidatura a imagem de elitista. Citou uma série de projetos de seu período como ministro e governador e questionou Haddad se os programas foram feitos "para rico ou para pobre". Haddad contornou afirmando que o governo do Estado quer vender leitos do SUS para planos de saúde. "Quem faz isso não quer governar para pobres." A primeira pergunta do petista foi um "convite para uma campanha de alto nível". Ele propôs a Serra que deixassem "insinuações e truculências de lado", mas não abandonou o tom duro. O tucano ironizou a proposta do rival: "Fico contente, porque se tem algum partido especialista em baixaria de todo tipo é o PT". Alvos de ataques recíprocos no início do segundo turno, os materiais de combate à homofobia produzidos pelo Ministério da Educação e pelo governo estadual quando os dois candidatos os comandavam ficaram de fora. INVESTIMENTO FEDERAL Os dois candidatos também travaram um embate sobre o investimento do governo federal na cidade. Serra mirou programas do MEC, chefiado por Haddad de 2005 a 2012. Afirmou que a União não financiou a construção de escolas técnicas e creches na cidade. Haddad responsabilizou a prefeitura paulistana por não ter ido buscar recursos oferecidos pela pasta. "Vocês voltam as costas para o que está acontecendo no Brasil e para os programas federais." Disse também que o governo federal aguarda terrenos para implantar escola técnica e universidade na capital. Serra rebateu: "Eu, quando era ministro da Saúde e queria fazer algo importante, ia lá e fazia. É fácil falar". O embate sobre recursos federais se estendeu também à construção de moradias populares e à urbanização de favelas. Haddad acusou Serra de esconder os recursos federais em projetos que exibe na televisão. O tucano disse que não omite o dado e que o governo federal "participa com uma parcela pequena". Esse foi o primeiro dos três debates do segundo turno. O próximo acontece na quarta-feira no SBT, e o último, na sexta-feira, na TV Globo. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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