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PRB oferece Russomanno para ser vice de Alckmin

Presidente de partido negocia apoio em 2014 em troca de cargos em SP

Sigla que comanda Ministério da Pesca pode apoiar tucano e Dilma em 2014, diz Marcos Pereira

BERNARDO MELLO FRANCO
DE SÃO PAULO

Depois de negar apoio a Fernando Haddad (PT) e declarar neutralidade no segundo turno da eleição paulistana, o PRB de Celso Russomanno prepara o embarque na gestão do governador Geraldo Alckmin (PSDB).

O partido, que é ligado à Igreja Universal e controla o Ministério da Pesca no governo Dilma Rousseff, quer fisgar ao menos uma secretaria de Estado. Em troca, promete apoiar a reeleição do tucano em 2014 contra o PT de Dilma e do ex-presidente Lula.

"Podemos oferecer o Russomanno como vice do Alckmin", diz à Folha o presidente da sigla, Marcos Pereira. "Ele também pode ser candidato a outros cargos, mas isso é perfeitamente possível."

O dirigente, que é bispo licenciado da Igreja Universal, diz que Alckmin faz um "bom governo". "Acho que ele pode ser reeleito no primeiro turno. Minha tendência hoje é apoiar a Dilma no plano federal e o Alckmin no Estado."

Ele diz não ver contradição na dupla aliança. Alega que siglas como PDT e PSB também apoiam as duas gestões.

Alckmin recebeu Russomanno no Palácio dos Bandeirantes na quarta-feira passada, sem a cúpula do PRB. O candidato derrotado a prefeito tem interesse no Procon, mas o partido prefere uma secretaria na área social.

"Temos quadros técnicos que podem colaborar com o governo", afirma Pereira, que diz esperar uma audiência com o governador. "O que não for negociado comigo não contempla o partido."

O dirigente critica o PT e Fernando Haddad, a quem culpa pela queda de Russomanno. Diz que ele "não foi leal" e usou "inverdades" ao atacar a ideia da tarifa proporcional nos ônibus.

Pereira também reclama da negociação frustrada com os petistas no segundo turno. "Olha o tratamento que deram ao PMDB do Gabriel Chalita. Podiam ter feito um gesto mais atencioso conosco."

Segundo dirigentes da campanha petista, o acordo não foi fechado porque Dilma se recusou a dar mais um ministério ao partido. Pereira diz que não pediu cargos.

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