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Condenações não mudarão história do Brasil, diz ex-presidente do STF

Pertence afirma que uma 'reforma política corajosa' inibirá crimes

FERNANDO RODRIGUES
DE BRASÍLIA

O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal e ex-presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência, Sepúlveda Pertence, 75, diz que as condenações do mensalão não vão inibir de maneira significativa a corrupção.

Para Pertence, o modelo de presidencialismo de coalizão e a sofisticação dos crimes de colarinho branco são fatores que continuarão a produzir uma conjuntura favorável para delitos como o mensalão.

Em entrevista à Folha e ao UOL, ele reconhece que "não é rotineiro no Brasil" um julgamento como o do STF: "Há um dado positivo. O mecanismo judiciário funcionou".

Mas fez uma ponderação: "Não creio que isso vá transformar a história do Brasil. O que se passa para o leitor de jornal, o telespectador ou o leitor de revistas é que é histórico porque se está condenando. Mas isso é relativo".

No início da década de 90, membro do STF, Pertence foi voto vencido quando defendeu a condenação do ex-presidente Fernando Collor, que sofreu impeachment.

Pertence diz que o julgamento "não inibirá a imaginação criadora do crime sofisticado de buscar outras formas". Para ele, a solução é uma "reforma política corajosa".

Pertence é amigo de alguns petistas condenados no julgamento do mensalão, como o ex-presidente do PT José Genoino. Por essa razão, não quis emitir opinião sobre casos específicos do processo.

NA INTERNET
Assista à entrevista
folha.com/no1174602

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