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Inflação de outubro recua para 0,43%, afirma IBGE

Falha no sistema do instituto permitiu vazamento de indicadores econômicos

Inflação acumulada em 12 meses, dado que vinha pondo em dúvida as medidas do governo, será divulgada hoje

DO RIO

O IBGE informou ontem que uma falha no sistema permitiu que alguns usuários tivessem acesso aos resultados de indicadores econômicos que seriam divulgados apenas amanhã pela manhã.

O instituto, com isso, às 19h30 de ontem antecipou a divulgação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), do Índice Nacional da Construção Civil, e da variação do emprego industrial.

No caso do IPCA, principal índice de preços do país, a variação em outubro foi de 0,43%. Foi menor do que a registrada em setembro (0,53%), e maior que o índice de agosto (0,37%).

A inflação acumulada em 12 meses até outubro -indicador que vinha em alta, colocando em dúvida a capacidade do governo de cumprir a meta de 4,5% de inflação com tolerância até 6,5%- será divulgada hoje. No período anterior, até setembro, o percentual acumulado estava em 7,31%.

Na nota em que explica a antecipação dos resultados, o IBGE apenas afirma que "uma falha no sistema de publicação de informações no site permitiu que alguns usuários tivessem acesso antecipado aos resultados de indicadores econômicos" e que "por este motivo, e de acordo com o princípio de igualdade de acesso à informação pública", divulgaria de imediato alguns índices.

Por meio de sua assessoria, o órgão disse que mais detalhes sobre o vazamento só seriam divulgados amanhã.

Além do IPCA, o instituto informou que o Índice Nacional da Construção Civil variou 0,38% em outubro, uma alta de 0,19 ponto percentual em relação a setembro (0,19%).

Já o emprego industrial teve queda de 0,4% em setembro. Em agosto, havia registrado alta de 0,4%.

CRISE

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem que a crise na Europa está se agravando e é preciso que o governo brasileiro esteja sempre tomando medidas para fortalecer a economia.

"[É preciso] sobretudo que mantenhamos uma situação fiscal sólida porque os países que estão sofrendo têm situação fiscal frágil", afirmou, durante evento em Brasília.

Ao ser questionado se o governo avalia a possibilidade de retirar algumas medidas macroprudenciais adotadas antes do agravamento da crise, Mantega evitou comprometer-se com uma decisão dizendo que depois de a economia ter se desacelerado, ela voltará a se acelerar.

Com a Reuters

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