Outro lado

Huawei diz que não teve nenhum favor do governo

DE PEQUIM

O vice-presidente da Huawei Brasil, João Pedro Flecha de Lima, disse que o funcionário do Ministério do Trabalho não tinha conhecimento de que a viagem era bancada pela empresa.
Segundo o executivo, o convite foi feito pelo CEBC (Conselho Empresarial Brasil-China). "A Huawei nunca convida diretamente servidores públicos ou representantes de governo de qualquer natureza por questões óbvias de ética e até porque esses convidados estariam impedidos de aceitar", disse Lima.
Mas Aldo Cândido Costa Filho diz que sabia que a Huawei havia patrocinado a viagem. O servidor disse que as despesas de sua mulher foram pagas pelo casal.
Afirmou ainda não ver problema no convite ou interferência em seu trabalho. "Se o processo estiver errado, não temos constrangimento de cancelar. Não só da Huawei, mas de qualquer empresa."
Na semana passada, a versão do ministério, via assessoria, era de que o custo da viagem fora bancado pelo conselho. O presidente, Sergio Amaral, confirmou o convite, mas disse que a entidade não se envolveu.
O vice-presidente da Huawei disse que a viagem teve dois objetivos: fomentar o debate sobre "como modernizar as normas de imigração" e divulgar a China modernade. "Não fomos de forma alguma beneficiários de qualquer favorecimento."