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Haddad trabalha para emplacar sucessor

Pré-candidato em SP, ministro conta com simpatia de Dilma para que integrante de sua equipe o substitua na Educação

Presidente prefere nome técnico para evitar que pretensões eleitorais prejudiquem desempenho da pasta

ANDRÉIA SADI
CATIA SEABRA
DE BRASÍLIA

Definida sua candidatura à Prefeitura de São Paulo pelo PT, o ministro Fernando Haddad opera agora para que um integrante de sua equipe o substitua na Educação.
Dois assessores estão cotados para o posto: o secretário-executivo, José Henrique Paim Fernandes, e o secretário de Educação Superior, Luiz Cláudio Costa.
Segundo a Folha apurou, a solução caseira para a vaga de Haddad agrada à presidente Dilma Rousseff.
Hoje, Paim é apontado como favorito para o posto. Costa buscou respaldo político do PT mineiro. O gesto, segundo a versão de petistas, contrariou Dilma.
Presidente do PT em Minas, o deputado federal Reginaldo Lopes disse que os dois nomes são qualificados. "Minas ficaria muito orgulhosa de ter Costa como ministro, mas isso é uma decisão da presidente da República."
A escolha de um técnico possibilita a continuidade dos programas da pasta sem que o sucessor tente imprimir uma marca pessoal.
Segundo petistas, Dilma teme que a nomeação de um ministro com projetos eleitorais para 2014 comprometa o desempenho da pasta.

HIPÓTESE CHALITA
Uma eventual nomeação do peemedebista Gabriel Chalita (SP), hoje hipótese considerada improvável, seria a exceção.
Caso desistisse de concorrer à Prefeitura de São Paulo em favor de Haddad, o caminho do peemedebista para a Educação aconteceria no rodízio de partidos na reforma ministerial.
Por exemplo: contemplado com a Educação, o PMDB cederia um ministério para o PDT -o ex-senador Osmar Dias (hoje na direção do Banco do Brasil) é um dos cotados para a vaga. Com a eventual saída de Carlos Lupi, o Trabalho voltaria ao PT.
Uma ala do PT defende, porém, a transferência do ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, para a Educação. A nomeação seria uma recompensa ao que consideram bom desempenho do ministro no primeiro ano do governo Dilma.
Nesse caso, a cadeira de Mercadante seria reservada ao PSD ou ao deputado Newton Lima (PT-SP).
Essa fórmula contraria, no entanto, a disposição da presidente de evitar mudanças em dois ministérios que não apresentam problemas.
Dilma e Haddad deverão conversar ainda nesta semana sobre o futuro do ministro. Embora Haddad tenha manifestado a aliados o interesse de permanecer até março, articuladores políticos do governo têm recomendado que deixe o cargo em janeiro.
Assim, argumentam, Haddad estará livre para se dedicar à costura política sem contaminar a agenda oficial.
A ideia é que não se repita a experiência da semana passada, quando o ministro deixou Brasília na tarde de quinta-feira para sacramentar o acordo que enterrou o risco de prévias para a escolha do candidato do PT à Prefeitura de São Paulo.

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