São Paulo, quarta-feira, 01 de junho de 2011

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Após atritos na base, PMDB ainda prevê embates com Dilma

Para peemedebistas, crise no Congresso surgiu devido ao modo com que a presidente lida com o Legislativo

Sigla quer que Dilma libere agenda de Palocci para receber aliados ou que reforce a pasta de Relações Institucionais


DE BRASÍLIA

Senadores do PMDB almoçam hoje com a presidente Dilma Rousseff com um discurso público de que a crise está superada. Reservadamente, porém, afirmam que novos embates virão caso ela continue achando que manda na base governista.
Reunidos anteontem em jantar no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente Michel Temer, peemedebistas concluíram que a crise surgiu no modo de Dilma lidar com o Legislativo.
Nas palavras de um senador, a presidente acredita que, por sua aliança ser maioria no Congresso, os aliados têm obrigatoriamente de votar com o governo.
A mudança do comportamento de Dilma, dizem peemedebistas, não será da noite para o dia. O primeiro passo seria convencê-la a alterar a articulação política.
Para o PMDB, Dilma precisa abrir espaço na agenda do ministro Antonio Palocci (Casa Civil) para que ele receba líderes aliados ou devolver poderes à Secretaria de Relações Institucionais, comandada por Luiz Sérgio.
Durante o jantar, os senadores do PMDB decidiram que vão ouvir o que a presidente dirá para depois expor as reivindicações da bancada, o que inclui cargos e mais diálogo com o Planalto.
Ontem, Dilma conversou por telefone com Temer. Segundo a Folha apurou, ela disse que irá ao almoço sem "restrições de temas" e estará aberta a ouvir o PMDB.
A assessores Dilma disse também que está na hora de Palocci falar publicamente. (VALDO CRUZ, GABRIELA GUERREIRO E NATUZA NERY)


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