São Paulo, sexta-feira, 01 de julho de 2011

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Alckmin cede às pressões de aliados para aprovar projetos

DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO

O governador Geraldo Alckmin precisou ceder à pressão da base aliada para aprovar projetos prioritários antes do início do recesso na Assembleia Legislativa de São Paulo.
Para não atrasar seu cronograma, o governo aceitou modificar pontos de algumas propostas e prometeu ampliar a liberação de emendas (verbas destinadas pelos deputados às bases eleitorais).
Ao fim, Alckmin conseguiu aprovar o projeto que permite ao governo captar R$ 9,3 bilhões em financiamentos para obras de infraestrutura, a proposta de reajuste para os professores de escolas estaduais, além da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), que traça metas de investimentos para 2012.
O acordo foi comandado pelo secretário da Casa Civil, Sidney Beraldo. Ele atuou principalmente para conter as insatisfações de deputados do PSDB, partido de Alckmin, que se diziam "alijados" da gestão do tucano.
Para acalmar os aliados, o governo se comprometeu a executar mais emendas a partir de julho, a começar pelas feitas ao Orçamento do ano passado.
Os deputados também modificaram propostas de modo a ampliar seus ganhos políticos com a aprovação. Conseguiram, por exemplo, fazer com que o reajuste nos salários dos professores da rede estadual de ensino fosse retroativo a junho. O governo planejava que o aumento valesse a partir de julho.
A mudança custará cerca de R$ 300 milhões ao Estado e dará aos deputados algum protagonismo político nos ganhos salariais da categoria (de 13,4% para este ano).
"Houve uma demonstração de que a posição do governo é de construção", disse o líder do governo na Casa, Samuel Moreira (PSDB).
Ao final da sessão, o secretário da Casa Civil telefonou para o presidente da Assembleia, Barros Munhoz (PSDB), e agradeceu o empenho nas votações.


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